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Ministro saudita critica sanções. “Vão conduzir à falta de abastecimento”

Príncipe saudita Abdulaziz bin Salman, que tem a pasta da Energia, defende que a falta de investimento conduzirá a uma escassez no abastecimento.

05 de Fevereiro de 2023 às 12:45
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O ministro da Energia da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, alertou este sábado que as sanções e o subinvestimento no setor de energia podem resultar em problemas no abastecimento de energia.

As palavras do saudita foram proferidas em Riade um dia depois de os governos da União Europeia chegarem a acordo para fixar limites ao preço do petróleo russo, segundo adiantou a presidência sueca do Conselho da União Europeia no Twitter.

Questionado sobre como é que o ambiente de sanções afeta o mercado de energia, Abdulaziz bin Salman afirmou que "
todas as chamadas sanções, embargos, falta de investimento traduzem-se numa só coisa, problemas no abastecimento em todos os tipos de energia quando ela é mais necessários".

Sem se referir à Rússia, o príncipe saudita revelou também que o seu país está a preparar o envio de gás natural liquefeito (GPL), usado para aquecimento, para a Ucrânia.


As afirmações de bin Salman surgem também dias depois de a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen ter ido a Kiev. Bruxelas sinalizou nessa cimeira que a União Europeia conta adotar o décimo pacote de sanções à Rússia até 24 de fevereiro, data em que se assinala um ano desde o início da invasão da Ucrânia

Numa conferência sobre a indústria, em Riade, o ministro da Energia saudita pediu também ao resto do mundo que "confie mais na OPEP+", numa resposta aos jornalistas após uma questão sobre quais as lições retiradas da dinâmica do mercado de energia em 2022.

"Somos um grupo responsável de países, tratamos questões políticas relevantes para os mercados de energia e petróleo e não nos envolvemos em questões políticas", frisou.

O governante afirmou, contudo, que se mantém cauteloso sobre um aumento nas quotas de produção de petróleo.

A OPEP+, aliança que inclui membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros, incluindo a Rússia, concordou no ano passado em reduzir sua meta de produção em 2 milhões de barris por dia, cerca de 2% da procura mundial, de novembro até o final de 2023 para apoiar o mercado.

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