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Gás escala 16% com anúncio de corte temporário no Nord Stream
Gazprom vai interromper o abastecimento de gás enviado através do gasoduto Nord Stream durantre três dias. Berlim alertou que a Europa deve esperar mais cortes de Moscovo.
O gás negociado em Amesterdão (na sigla inglesa TTF), referência para o mercado europeu, chegou a escalar 16,63% durante a sessão desta segunda-feira, estando a cotar-se em 285,50 euros.
A matéria-prima reagiu assim em alta ao anúncio da Gazprom, que no final da tarde de sexta-feira, revelou que vai interromper o abastecimento de gás enviado através do gasoduto Nord Stream, durante três dias, a partir do dia 31 de agosto.
O fecho vai trazer ainda mais disrupções aos fluxos de gás para a Europa, numa altura em que já se encontram a uma capacidade limitada de apenas 20%. No documento, a empresa russa explica que a estação de compressores da única turbina em funcionamento precisa de "uma complexa rotina de manutenção".
Quando a operação, que vai ser feita em conjunto com especialistas da Siemens, for terminada os fluxos deverão regressar ao valor atual. "Após a manutenção estar completa e caso não haja nenhum problema técnico, o transporte de gás vai retomar o nível de 33 milhões de metros cúbicos por dia", esclarece o comunicado.
Berlim rapidamente reagiu a este anúncio e alertou que a Europa deve esperar que haja ainda mais cortes de gás.
"Temos um inverno crítico à nossa frente. Devemos esperar que [Vladimir] Putin reduza ainda mais os fluxos de gás", antecipou o ministro alemão da economia, Robert Habeck, em entrevista à televisão pública do Canadá, durante uma visita realizada a este país na companhia do chanceler Olaf Sholz.