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Fundos de investimento levam procura de ouro para máximos
A procura de ouro no início de 2016 foi a mais elevada de sempre num primeiro trimestre, revela o relatório do World Gold Council. A procura de refúgio mais que duplicou, levando os fundos a inverter a tendência negativa.
A procura de ouro nos três primeiros meses de 2016 atingiu o nível mais elevado de sempre num primeiro trimestre, revela o relatório do World Gold Council. Com um crescimento de 21% para 1.289 mil toneladas, impulsionada pelo apetite dos investidores, a procura foi a segunda mais elevada de sempre, apenas atrás do último trimestre de 2012, segundo os dados disponíveis (a partir do ano 2000).
O crescimento da procura foi motivado pelo aumento do investimento no metal precioso. As apostas em ouro dispararam 122% face ao período homólogo, revela aquele relatório. A procura de refúgio num arranque do ano marcado pela turbulência nos mercados financeiros ditou o aumento da procura dos investidores, enquanto a cautela da Reserva Federal na subida dos juros nos EUA também estimulou o crescimento do consumo.
Os fundos que replicam o desempenho do ouro (ETF) receberam o maior influxo de investimento desde o primeiro trimestre de 2009. "A base de investidores foi diversa, desde institucionais a privados", nota o World Gold Council. Os ETF de ouro são particularmente usados no Ocidente, mas a procura por estes instrumentos na China "cresceu exponencialmente", indica a organização.
Nas outras categorias analisadas no relatório, a procura caiu. Os bancos centrais adquiriram menos ouro, com uma queda de 3%, mas o Banco de Portugal manteve o 13º lugar no "ranking" das reservas mais valiosas. A procura por jóias também caiu 19%.
O preço do ouro disparou 16,18% nos primeiros três meses do ano, após seis trimestres em queda. O metal precioso destaca-se entre os activos com melhor desempenho este ano.
Esta quinta-feira o valor do metal precioso recua 0,74% para 1.267,80 dólares por onça.