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Depois das subidas, combustíveis descem na próxima semana
Os valores de venda da gasolina e do gasóleo vão baixar nos postos de abastecimento nacionais no arranque da próxima semana. São descidas ligeiras após as fortes subidas que aumentam a pressão para a revisão do ISP pelo Governo.
Os preços dos combustíveis vão ficar mais baratos no arranque da próxima semana, seguindo a tendência de queda das cotações do petróleo nos mercado internacionais. É uma descida que se vai verificar tanto na gasolina como no gasóleo, isto depois de semanas de aumentos consecutivos.
Tanto a gasolina como o gasóleo têm margem para baixar entre 1,5 a dois cêntimos por litro, de acordo com os cálculos realizados pelo Negócios. Esta descida tem por base a evolução negativa das cotações de ambos os produtos nos mercados internacionais. O preço médio da tonelada métrica da gasolina caiu 4,4% e o do gasóleo desceu 4,88%.
Os derivados seguiram a tendência das cotações do petróleo. Tanto em Londres como em Nova Iorque, o barril baixou de preço. O Brent está a ser negociado a 40,39 dólares, já o WTI, nos EUA, recuou para os 38,35 dólares por barril, um valor quase 3% abaixo dos 39,46 dólares registados no final da semana passada.
Corrigir subidas
Esta descida surge após uma série de aumentos consecutivos dos preços de venda dos combustíveis nos postos de abastecimento nacionais. Os preços dos combustíveis voltaram, esta semana, a subir, avançando pela oitava semana consecutiva. O litro da gasolina aumentou dois cêntimos já o gasóleo subiu meio cêntimo.
Os aumentos consecutivos levaram a que desde o início do ano se verifique, actualmente, uma diferença de 7,3 cêntimos, em média, no valor de venda do gasóleo e de quatro cêntimos no caso da gasolina. Ainda assim, nem só por causa das cotações nos mercados. Houve também um agravamento da fiscalidade através do Imposto Sobre produtos Petrolíferos (ISP) de seis cêntimos.
Revisão trimestral
Na altura em que anunciou o aumento do ISP, o Governo deixou a porta aberta a rever o valor do imposto mediante a variação dos preços, baixando-o se os valores de venda subirem e aumentando mais caso continuasse a assistir-se à queda. Isto sempre numa lógica de manutenção da receita fiscal.
Depois de apontar para uma subida de quatro cêntimos para descer o ISP, o Executivo corrigiu, dizendo que esses quatro cêntimos seriam no preço de mercado e não no valor final. Algo que, até agora, ainda não foi alcançado. Essa avaliação será feita trimestralmente.
"O Governo assume o compromisso de proceder a revisões trimestrais do valor do ISP em função da variação do preço base dos produtos petrolíferos" em maio, em Agosto e em Novembro deste ano, isto é, "três, seis e nove meses após a alteração no ISP operada no passado dia 12 de Fevereiro", disse Eduardo Cabrita, ministro Adjunto.