Notícia
Ucrânia: Rússia diz que ONU prometeu levantar obstáculos à extensão do acordo de cereais
O acordo de exportação de cereais foi assinado em julho e, embora tenha sido temporariamente suspenso pela Rússia em outubro, devido a um ataque ucraniano à península da Crimeia, foi retomado logo de seguida.
15 de Novembro de 2022 às 17:28
O chefe da diplomacia russa afirmou hoje que os obstáculos para a extensão do acordo de cereais ainda persistem devido aos problemas para a exportação dos grãos e sementes russos, apesar de o secretário-geral da ONU, António Guterres, ter prometido levantá-los.
"Hoje, na reunião, o secretário-geral falou sobre as promessas, mesmo no papel, que os Estados Unidos e a União Europeia lhe transmitiram. Eu diria que elas parecem ter boas intenções", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, numa conferência de imprensa após participar na cimeira do G20, em Bali, onde se reuniu com Guterres.
"Se forem cumpridas, serão removidos os entraves à exportação dos nossos fertilizantes e cereais. Mas o ponto central não está nos documentos, mas em como as promessas serão implementadas na prática", frisou o chefe da diplomacia russa, que garantiu que Guterres "jurou que esta é [para o próprio secretário-geral] uma questão prioritária".
Lavrov também assegurou que Guterres, referindo-se aos seus colegas ocidentais, indicou que todos os operadores económicos envolvidos na cadeia de fornecimento de fertilizantes e cereais russos receberam sinais de que não serão sancionados.
Isso inclui, acrescentou Lavrov, as autorizações de entrada para navios russos em portos europeus, a entrada de navios estrangeiros em portos russos e o trabalho desimpedido do banco agrícola russo, Rosselkhozbank, para transferências e pagamentos, bem como "tarifas para um seguro normal" para o transporte e fretamento de navios.
O ministro russo destacou que o secretariado da ONU e Guterres pessoalmente "estão a fazer todo o possível" para remover os obstáculos que impedem a exportação de cereais e fertilizantes russos, mas que, após cinco meses de vigência do acordo, "em geral, ainda não foram alcançados resultados práticos".
Por sua vez, o gabinete de Guterres indicou que se tratou de "uma discussão muito franca e aberta".
"O secretário-geral reuniu-se hoje com o ministro das Relações Exteriores da Federação Russa, Serguei Lavrov. Eles tiveram uma longa reunião e abordaram todos os aspetos relacionados com o processo de facilitação das exportações russas - alimentos e fertilizantes - e o acordo de cereais do Mar Negro", indica o breve comunicado divulgado pelo gabinete do ex-primeiro-ministro português.
O acordo de exportação de cereais foi assinado em julho e, embora tenha sido temporariamente suspenso pela Rússia em outubro, devido a um ataque ucraniano à península da Crimeia, foi retomado logo de seguida.
Em princípio, o pacto expirará a 19 deste mês, razão pela qual a ONU e a Turquia, que fazem parte da coordenação e supervisão do acordo, estão a manter intensas negociações com a Rússia e Ucrânia para o prorrogar.
Lavrov também se reuniu hoje em Bali com o homólogo turco, Mevlüt Çavusoglu, com quem discutiu a declaração final do G20, incluindo a secção dedicada ao acordo sobre os cereais.
"Hoje, na reunião, o secretário-geral falou sobre as promessas, mesmo no papel, que os Estados Unidos e a União Europeia lhe transmitiram. Eu diria que elas parecem ter boas intenções", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, numa conferência de imprensa após participar na cimeira do G20, em Bali, onde se reuniu com Guterres.
Lavrov também assegurou que Guterres, referindo-se aos seus colegas ocidentais, indicou que todos os operadores económicos envolvidos na cadeia de fornecimento de fertilizantes e cereais russos receberam sinais de que não serão sancionados.
Isso inclui, acrescentou Lavrov, as autorizações de entrada para navios russos em portos europeus, a entrada de navios estrangeiros em portos russos e o trabalho desimpedido do banco agrícola russo, Rosselkhozbank, para transferências e pagamentos, bem como "tarifas para um seguro normal" para o transporte e fretamento de navios.
O ministro russo destacou que o secretariado da ONU e Guterres pessoalmente "estão a fazer todo o possível" para remover os obstáculos que impedem a exportação de cereais e fertilizantes russos, mas que, após cinco meses de vigência do acordo, "em geral, ainda não foram alcançados resultados práticos".
Por sua vez, o gabinete de Guterres indicou que se tratou de "uma discussão muito franca e aberta".
"O secretário-geral reuniu-se hoje com o ministro das Relações Exteriores da Federação Russa, Serguei Lavrov. Eles tiveram uma longa reunião e abordaram todos os aspetos relacionados com o processo de facilitação das exportações russas - alimentos e fertilizantes - e o acordo de cereais do Mar Negro", indica o breve comunicado divulgado pelo gabinete do ex-primeiro-ministro português.
O acordo de exportação de cereais foi assinado em julho e, embora tenha sido temporariamente suspenso pela Rússia em outubro, devido a um ataque ucraniano à península da Crimeia, foi retomado logo de seguida.
Em princípio, o pacto expirará a 19 deste mês, razão pela qual a ONU e a Turquia, que fazem parte da coordenação e supervisão do acordo, estão a manter intensas negociações com a Rússia e Ucrânia para o prorrogar.
Lavrov também se reuniu hoje em Bali com o homólogo turco, Mevlüt Çavusoglu, com quem discutiu a declaração final do G20, incluindo a secção dedicada ao acordo sobre os cereais.