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Acordo de cereais: solução que isole a Rússia "não é sustentável"

Presidente da Turquia garante que vai continuar a tentar um acordo entre a Rússia e a Ucrânia. Erdogan garante que não está "desesperado"

Erdogan falou aos jornalistas no final da cimeira do G20, em Nova Deli Adnan Abidi/Reuters
Negócios com Reuters 10 de Setembro de 2023 às 13:39

Qualquer iniciativa para reavivar o acordo sobre os cereais do Mar Negro que isole a Rússia "não é sustentável", afirmou o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, numa conferência de imprensa após a conclusão da cimeira do G20 em Nova Deli, no domingo.

A Rússia abandonou o acordo em julho, um ano depois de este ter sido mediado pelas Nações Unidas e pela Turquia, queixando-se de que as suas próprias exportações de alimentos e fertilizantes enfrentavam obstáculos e que os cereais ucranianos não chegavam aos países necessitados.

Segundo Erdogan, Rússia, a Ucrânia e a Turquia vão continuar a discutir o acordo, e o regime de Putin estará disposto a enviar gratuitamente cereais para os países mais pobres, assegurando aos jornalistas, acrescentando que o Qatar também concordou.

Erdogan disse também, não estar "desesperado" quanto à possibilidade de reativar o acordo sobre os cereais.

Na mesma cimeira, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, adiantou que a Rússia regressará ao acordo sobre os cereais do Mar Negro "no mesmo dia" em que forem satisfeitas as condições de Moscovo para a exportação dos seus próprios cereais e fertilizantes para os mercados mundiais.

A resposta da Rússia
"Quando todas as ações necessárias para remover os obstáculos às nossas exportações de cereais e fertilizantes forem implementadas, no mesmo dia voltaremos à implementação coletiva da parte ucraniana da 'Iniciativa do Mar Negro'", disse Lavrov num briefing após participar a cimeira de dois dias em Nova Deli.

A declaração do G20 no sábado apelou a uma "implementação plena, atempada e eficaz para garantir o fornecimento imediato e sem obstáculos de cereais", para satisfazer a procura nos países em desenvolvimento.

As Nações Unidas, a Turquia e o Japão, que este ano preside ao G7, estão a tentar facilitar a retoma do fornecimento de cereais.

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