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Telemóveis bem orientados

Não há função considerada útil no dia-a-dia dos utilizadores que os fabricantes de telemóveis não queiram integrar nos pequenos equipamentos. A música - de rádio a ficheiros digitais -, as fotografias e, até, sistemas de contagem de calorias...

Telemóveis bem orientados
28 de Maio de 2009 às 10:27
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Com ecrãs de maior dimensão e GPS integrado, os telemóveis começam a substituir os sistemas de navegação dedicados. Até porque podem ir a todo o lado, em deslocações a pé, de bicicleta ou de carro.


Não há função considerada útil no dia-a-dia dos utilizadores que os fabricantes de telemóveis não queiram integrar nos pequenos equipamentos. A música - de rádio a ficheiros digitais -, as fotografias e, até, sistemas de contagem de calorias ou cálculo de percursos percorridos, são exemplos paradigmáticos desta apetência para transformar o telemóvel num verdadeiro "tudo em um". A orientação por mapas não podia escapar e, após a disponibilização de sintonizadores de sinais GPS cada vez mais pequenos, foi apenas um passo para que até os modelos de gama média passassem a servir de co-piloto nas várias situações.

Os mapas e as informações geográficas estão cada vez mais apurados e a sua disponibilização não sofre grandes alterações entre a consulta nos navegadores dedicados nos carros, na Internet e nos telemóveis. É tudo uma questão da forma como se apresentam de acordo com a dimensão do ecrã e a existência de memória. E mesmo com os ecrãs mais pequenos do que os navegadores para automóveis, a memória nos telemóveis começa a ser abundante.

Acresce, ainda, a facilidade de ligação à Internet para pesquisa e "download" de um mapa ou simplesmente a sua actualização e a recepção de informação de trânsito e temos a fórmula ideal para quem não se quer perder nas ruas de uma cidade ou num percurso campestre.

Opções diferenciadas

Nem todos os mapas nos telemóveis "nascem iguais". Existem diferentes opções de disponibilização deste sistema, integrando todos os mapas já na memória do telemóvel ou obrigando ao acesso à Internet para carregar a informação no momento. A opção é das marcas que, ao prepararem um telemóvel com GPS, garantem normalmente a integração dos mapas e "software" de navegação. É o caso da Nokia ou da HTC, entre outras.

A importância deste segmento levou até à tomada de posição dos "grandes" do sector, com a Nokia a comprar a Navteq, enquanto a TomTom adquiriu a Tele Atlas, assumindo assim o controlo sobre os principais fornecedores de informação de mapas no mundo e solidificando as suas estratégias para navegação.

Com "software" pré-instalado ou não, há que considerar a possibilidade de pagar mensalmente pela utilização do serviço. Algumas licenças de utilização do "software" de navegação têm uma duração limitada, mas também existem opções vitalícias. A TMN esclarece que os operadores ao venderem esses telemóveis na sua oferta estabelecem com os fabricantes a cobertura territorial dos mapas e a duração das licenças sempre que é possível fazer essa configuração, o que explica a existência no mercado de várias marcas de "software", mapas com maior ou menor abrangência e licenças de "software" de duração variável.

A Vodafone refere a existência de soluções de mapas gratuitos mas com licenciamento para funcionalidades avançadas, como pesquisa de pontos de interesse categorizados, guias citadinos e navegação por voz. Já as licenças têm uma duração média de três a seis meses, como é o caso do Nokia 6210 Navigator, comercializado por esta operadora, que inclui licença de navegação gratuita durante seis meses e vem com mapas da Península Ibérica, incluindo navegação assistida por voz, em meio de condução ou pedestre. Após o período gratuito, terá de comprar uma nova licença para manter esta funcionalidade.

Alternativas de forma
Mesmo que o telemóvel não tenha o sistema GPS integrado, há alternativas que permitem transformar alguns equipamentos em navegadores móveis. Várias empresas têm soluções de "software" que podem ser instaladas em telemóveis com sistema operativo Windows Mobile ou Symbian (da Nokia). A NDrive e a TomTom são, mais uma vez, dois dos exemplos de empresas que exploram também esta área. No caso da NDrive, as licenças custam 40 euros e incluem pontos de interesse, enquanto na TomTom o Navigator 6 oferece mapas de 20 países por 129 euros.

Pode também integrar um receptor de GPS externo por cerca de 100 euros, que poderá ligar ao telemóvel por Bluetooth. Mas esta solução não se torna muito prática, causando por vezes conflitos no "software" do telemóvel e obrigando a trazer consigo mais um aparelho. Além disso, o custo do telemóvel adicionado aos mapas e ao receptor acabam por não compensar face à aquisição de um modelo que já tenha tudo integrado e que pode ser adquirido por preços a partir de 250 euros.

Trânsito para todos

Mais do que o acesso aos mapas, muitas vezes é a informação de trânsito actualizada que ajuda os condutores a ultrapassar dificuldades, mudando percursos para chegar ao destino final de forma mais rápida.

Nesta área, as operadoras móveis estão atentas e a TMN fez uma parceria com a N-Drive para inclusão do "software" da empresa nos telemóveis com GPS, com mapas de Portugal e Ilhas, fotos reais de Lisboa e do Porto e, também, informação de trânsito. O acordo é recente e não está ainda operacional, tal como o estabelecido entre a TomTom e a Vodafone, em Dezembro do ano passado. Estas duas empresas vão disponibilizar o serviço de trânsito TomTom High Definition (HD) Traffic em Portugal, uma ferramenta que vai tirar partido da informação (anónima) de padrões de movimento dos utilizadores de telemóveis da rede da Vodafone Portugal e da informação recolhida dos navegadores TomTom para identificar grandes concentrações, que normalmente correspondem a engarrafamentos.

A informação será actualizada a cada três minutos e o sistema sugere rotas alternativas. O novo serviço HD Traffic só estará disponível no segundo semestre deste ano e não foi ainda divulgado o tarifário de acesso nem os modelos de equipamentos em que será suportado.


Sapo mostra tudo

Mesmo quem não tem mapas instalados no telemóvel e GPS pode aceder aos mapas do SAPO através do SAPOmobile, o serviço especialmente formatado por telemóveis. Acessível através do "browser" (http://m.sapo.pt/), este serviço é compatível com todos os telemóveis com ligação à Internet, mas a localização de um determinado local é feita através de pesquisa e não com o auxílio das coordenadas geográficas sintonizadas com os satélites geoestacionários.

A pesquisa de mapas no SAPO-mobile está disponível para Portugal Continental, Açores e Madeira, com listagem de ruas, localidades e cidades. Entre os pontos de interesse referenciados contam-se restaurantes, bombas de gasolina, hotéis e monumentos.

Das funcionalidades do serviço faz parte a possibilidade de definir "locais favoritos", fixando um ponto predefinido no mapa e gravando-o nos favoritos. Estes ficam disponíveis quando voltar a usar o SAPO Mapas no SAPOmobile.

O sistema é prático e dispensa o pagamento de licenças, mas tem um custo do carregamento da informação pela Internet, para além de exigir paciência na manipulação dos mapas.ais do que o acesso aos mapas, muitas vezes é a informação de trânsito actualizada que ajuda os condutores a ultrapassar dificuldades, mudando percursos para chegar ao destino final de forma mais rápida.

Nesta área, as operadoras móveis estão atentas e a TMN fez uma parceria com a N-Drive para inclusão do "software" da empresa nos telemóveis com GPS, com mapas de Portugal e Ilhas, fotos reais de Lisboa e do Porto e, também, informação de trânsito. O acordo é recente e não está ainda operacional, tal como o estabelecido entre a TomTom e a Vodafone, em Dezembro do ano passado. Estas duas empresas vão disponibilizar o serviço de trânsito TomTom High Definition (HD) Traffic em Portugal, uma ferramenta que vai tirar partido da informação (anónima) de padrões de movimento dos utilizadores de telemóveis da rede da Vodafone Portugal e da informação recolhida dos navegadores TomTom para identificar grandes concentrações, que normalmente correspondem a engarrafamentos.

A informação será actualizada a cada três minutos e o sistema sugere rotas alternativas. O novo serviço HD Traffic só estará disponível no segundo semestre deste ano e não foi ainda divulgado o tarifário de acesso nem os modelos de equipamentos em que será suportado.






Escolha um de cinco Navegadores móveis

As opções dos fabricantes na disponibilização de mapas são diferentes e devem ser consideradas para quem quer transformar o telemóvel no seu navegador pessoal.




Apple iPhone
€604,9

(para o modelo de 16 Gbytes na Vodafone e na Optimus)
Mapas: Google Maps
Licença: Grátis
Sintonizador A-GPS: Sim
Obriga a ligação Internet: Sim, para actualização dos mapas




O iPhone da Apple diferencia-se em relação a outros modelos também pelo sistema utilizado para a navegação em mapas. O telemóvel conjuga o sintonizador de posicionamento por satélite (GPS) com um sistema de triangulação por antenas de telemóveis para saber onde está. Na prática, ao sintonizar as antenas de rede pede a localização e situa o utilizador no mapa.

Da mesma forma que no PC, a utilização do Google Maps permite-lhe alterar a vista do mapa entre uma apresentação cartográfica, a fotografia de satélite, um modelo híbrido ou vista de rua, quando está disponível. A georeferenciação pode também ser usada para classificar fotografias captadas pelo iPhone que ficam sempre bem localizadas no mapa.




Samsung Omnia
€504,9


(modelo de 16 Gbytes na TMN)
Mapas: Route 66
Licença: Grátis
Sintonizador A-GPS: Sim
Obriga a ligação Internet: só para actualização dos mapas




Está tão virado para este segmento que o Samsung Omnia - que a TMN tem à venda -inclui um "kit" de navegação.

Integrando mapas da Route 66, uma das empresas que fornece software de navegação, este modelo abrange Portugal e Espanha em termos de cobertura geográfica e a licença de utilização do "software" é ilimitada.

O sistema operativo é o Windows Mobile 6.1 Professional e o ecrã é sensível ao toque. Integra uma câmara fotográfica de cinco megapixels e suporta velocidades até 7,2 Mbps. Apesar de ter sido lançado no ano passado como o "grande" concorrente do iPhone, não conte com a mesma facilidade de navegação, mesmo nos mapas.




HTC Touch HD
€579


Mapas: Google Maps
Licença: Grátis
Sintonizador A-GPS: Sim
Obriga a ligação Internet: Sim



Entre os vários modelos da HTC com GPS e mapas, este é um dos que se assemelha mais ao iPhone e ao Omnia da Samsung em termos de funcionalidades e "interface". Com um ecrã generoso de 3,8 polegadas e o sistema TouchFLO 3D, a navegação nos mapas torna-se mais fácil e intuitiva.
O Google Maps exige ligação à Internet para actualizar a informação, mas o suporte à tecnologia HSDPA acelera o "download" da informação até 7,2 Mbps, embora não a torne mais barata já que o valor cobrado mede o tamanho dos ficheiros descarregados e não o tempo.




Nokia 6210 Navigator
€234,9


Mapas: Nokia Maps
Licença: Grátis por 6 meses
Sintonizador A-GPS: Sim
Obriga a ligação Internet: Não




A Nokia explora a sua recente aquisição da Navteq com a disponibilização de mapas em vários modelos de telemóveis. O Nokia 6210 é um dos terminais com preço mais acessível e com funcionalidades avançadas de navegação.

À venda através da Vodafone, inclui mapas da Península Ibérica com uma licença gratuita por seis meses, que permite usar o GPS com navegação assistida por voz, na condução automóvel ou em percurso pedestre, com o apoio de uma bússola. Os mapas vêm pré carregados mas podem ser actualizados na ligação ao site da Nokia, pela rede móvel ou através do computador.




Drive S400
€480


Mapas: NDrive
Licença: Grátis
Sintonizador A-GPS: Sim
Obriga a ligação Internet: Não




O segundo telemóvel da Ndrive, "made in" Portugal, integra naturalmente a tecnologia de navegação que a empresa já desenvolve há vários anos e que materializa em "software" e em equipamentos de navegação dedicados para o automóvel.

O ecrã "touch" de tamanho alargado em relação ao modelo anterior torna a visualização de mapas mais fácil e o sistema apresenta-se melhorado com a integração de imagens reais de algumas cidades onde essa captura já existe, entre as quais se contam Lisboa e Porto, mas também Aveiro, Braga, Coimbra, Faro, Guimarães, Leiria e Setúbal. Mas só Portugal continental e ilhas fazem parte dos mapas oferecidos, que não passam além-fronteiras.
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