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Recuos em todas as frentes

Todas as carteiras recomendadas de fundos retrocederam face ao fecho de 2010. À excepção do Deutsche Bank, os bancos optam por reestruturar profundamente os portefólios de modo a reflectir as perspectivas para 2011. Não há unanimidade: um está mais inclinado para acções, outros para as obrigações e outro para as mercadorias.

02 de Fevereiro de 2011 às 08:00
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As carteiras prudentes foram construídas para um prazo de investimento de três anos e são destinadas a aforradores conservadores que não aceitam perdas anuais superiores a 4%.

As carteiras agressivas estão desenhadas para um prazo de investimento mínimo de cinco anos e com um limite de perdas anuais até 10%.





ActivoBank
Optimismo dirigido para o mercado de acções

O ActivoBank acredita que 2011 será o terceiro ano consecutivo de subida dos mercados accionistas. "A economia global deverá crescer em 2011 a um bom ritmo, que o Fundo Monetário Internacional estima em 4,2%, superior à média das últimas 3 décadas", justifica Gonçalo Gomes, da direcção de marketing do banco, que acrescenta que as taxas de juro em mínimos históricos nos mercados desenvolvidos também auxiliarão a escalada das acções. Por isso, os responsáveis da instituição financeira aumentam o peso dos fundos JPMorgan Global Focus e F&C Global Convertible Bond na carteira prudente e do Fidelity Germany no portefólio mais agressivo.

Na carteira agressiva, os especialistas do ActivoBank estreiam ainda o Schroder US Small & Mid-Cap Equity, um fundo que investe em acções de empresas de pequena e média dimensão dos Estados Unidos da América. "Os EUA estão na posição única de poderem beneficiar em 2011 da continuação de uma política orçamental e monetária expansionista, devendo o ritmo de criação de empregos duplicar face aos valores de 2010", diz Gonçalo Gomes. Além disso, "em resultado das medidas de reestruturação e de corte de custos implementadas durante a crise, as empresas norte-americanas enfrentam o ano de 2011 com uma solidez financeira sem precedentes nas últimas décadas". Este fundo anula a posição anterior no DWS Invest Gold and Precious Metals.





Banco Best
Matérias-primas continuarão a subida

A direcção de investimentos do Banco Best acredita que as matérias-primas ainda não atingiram o seu pico. Por isso, os responsáveis do banco promoveram o fundo Pimco Commodities Plus Strategy à primeira posição da carteira agressiva. Devido ao incremento do peso do produto da Pimco, o Banco Best teve de reduzir a importância dada ao HSBC GEM Debt Total Return. Aliás, esse fundo foi completamente excluído da carteira prudente, tendo sido substituído pelo Schroder Strategic Bond. "O fundo da Schroders tem menos riscos e é um fundo de obrigações global de reduzida duração. Assim, diminuímos a exposição ao mercado de crédito emergente, dadas as perspectivas actuais de inversão do ciclo monetário, dada a subida da inflação nestas economias", explicam os responsáveis da direcção de investimentos da instituição financeira.

Houve um outra substituição nesta revisão das carteiras de fundos do Banco Best: o DWS Brazil foi trocado pelo Fidelity Latin America. "Com esta alteração obtemos menor exposição ao mercado brasileiro por contrapartida de outras economias da América Latina para as quais as perspectivas de crescimento económico também são positivas", esclarecem. Uma outra estreia na carteira agressiva é o Jupiter European Growth, um produto que investe em acções europeias, tendencialmente de média dimensão.





Banco BIG
Avançar para mudanças profundas

Ano novo, vida nova. Na revisão de Janeiro, o Banco Big muda profundamente a estrutura das carteiras recomendadas de fundos. Os dois portefólios têm duas alterações comuns: a saída do Pictet Emerging Local Currency Debt e a entrada Threadneedle European High Yield Bond. "Procuraremos continuar a explorar oportunidades no mercado de dívida, especialmente no segmento de 'high yields' pelos cupões oferecidos e por julgarmos que o risco de taxa de juro não terá representatividade na performance", explica Rui Broega, director da gestão de activos da entidade financeira. Na carteira prudente registou-se ainda a estreia do Pictet Global Emerging Debt, voltado para as obrigações dos mercados emergentes, e a saída do JPMorgan Global Convertibles, que investe em títulos de dívida convertíveis em acções.

Na recomendação mais agressiva, as mudanças estenderam-se ao abandono dos fundos Amundi Global Aggregate e Amundi Volatility World Equities e à troca da versão em euros do ING Global High Dividend pela tranche em dólares, bem como a substituição do BlackRock Global High Yield Bond com cobertura cambial pela alternativa em dólares sem qualquer protecção. A novidade da carteira agressiva é o JPMorgan Income Opportunity. Este fundo procura "explorar oportunidades de investimento nos mercados de obrigações e divisas, entre outros, usando estratégias de derivados quando for apropriado".





Deutsche Bank
Mercados subirão expecto dívida soberana

Os especialistas do Deutsche Bank estão optimista sobre o desempenho geral das principais bolsas. "As perspectivas para 2011 parecem ser, à primeira vista, positivas para os mercados financeiros internacionais: crescimento económico mundial perto de 4%, taxas de inflação moderadas nos mercados desenvolvidos (perto de 2%) e a continuação de uma oferta abundante de liquidez por parte dos bancos centrais, que ainda continuam com políticas monetárias expansionistas e a expandir os seus balanços", explica. Nas acções, o banco de origem alemã acredita que os mercados emergentes continuarão a ganhar mais do que os desenvolvidos. "Um crescimento económico muito superior e fundamentais mais sólidos (níveis reduzidos de dívida pública e sector bancário sólido) do que os dos mercados desenvolvidos devem permitir resultados empresariais superiores", estima a direcção de investimento do Deutsche Bank

A principal sombra sobre os mercados é a da dívida soberana. "A estabilização económica e o possível fim da actual política monetária expansionista deverá levar a um aumento das taxas de mercado dos níveis actuais", diz o banco, que, no entanto, mantém aposta no fundo BlackRock Global Government Bond, que investe maioritariamente nesse segmento do mercado. Aliás, numa altura em que o Deutsche Bank continua a ter a carteira agressiva mais rentável, a instituição financeira optou por conservar exactamente os mesmos portefólios de Dezembro.

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