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Onde encontrar as comissões de bolsa mais baratas

As bolsas vivem um bom momento, com os investidores a regressarem ao mercado, após um ano de elevada incerteza. Mas investir em bolsa pode sair caro. Veja onde pode encontrar as comissões mais baratas.

20 de Março de 2017 às 10:29
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O investimento em bolsa é de elevado risco. Mas não é apenas a evolução das acções que pode determinar ganhos ou perdas na carteira. As comissões para comprar e vender títulos e os custos de custódia podem levar uma importante fatia das potenciais mais-valias. Encontrar as corretoras com as comissões mais baratas é fundamental. Mas, o preço não é o único factor a ter em conta na escolha da corretora.

2017 está a ser um bom ano para as acções. À excepção da bolsa de Lisboa, que continua com um pé em "terreno" negativo, as bolsas europeias e dos EUA têm acumulado ganhos e renovado máximos, à medida que aumenta o apetite por activos de maior risco. E, com as taxas de juro em níveis negativos, há cada vez mais especialistas a recomendar a exposição às acções. Mas, é preciso ter atenção aos custos antes de escolher uma corretora.

Comprar e vender acções em bolsa pode levar várias dezenas de euros, sendo que a diferença de preços entre algumas corretoras pode ser significativo. De acordo com um conjunto de simulações pedidas pelo Negócios a sete corretoras nacionais para transacções em três mercados, a Degiro, a GoBulling Pro e a Orey são as instituições que aplicam as comissões mais baixas.

A negociação na Euronext Lisbon é a mais barata na maioria das corretoras, à excepção da Dif Broker, que cobra uma comissão de 0,20%, a mesma que aplica na bolsa alemã. Já nos EUA, os custos de corretagem variam em preço e critério. No caso dos bancos "online", o critério é uma percentagem, enquanto Orey, Dif Broker e Degiro cobram um custo que varia consoante o número de acções transaccionadas.

Em relação aos custos cobrados pela guarda de títulos, estas três corretoras e a Dif Broker não cobram qualquer encargo. Já nos três bancos "online" - ActivoBank, BiG e Banco Best - , a custódia de títulos custa quase 25 euros por ano.

O preço não é tudo 

Mas, além do factor preço, há outras questões a ter em conta antes de escolher uma corretora. A qualidade da plataforma, para investidores mais activos, a execução da ordem ao melhor preço, ou a prestação de serviços de aconselhamento também valem dinheiro. "A opção pelo intermediário financeiro deverá considerar a qualidade e disponibilidade do serviço", explica João Queiroz. Para o director da banca online do Banco Carregosa, "o mais importante continua a ser a experiência e o grau de especialização dos recursos humanos afectos ao serviço, informação, bem como os encargos de execução inerentes a este pacote".

"Para um 'trader', que executa muitas transacções em bolsa, o mais importante será seguramente ter em atenção as comissões de negociação", mas "um investidor do tipo 'buy and hold', a comissão de guarda de títulos ou a comissão cobrada na distribuição de dividendos será provavelmente mais relevante", destaca Rui Olo, do ActivoBank. Assim, "dependendo das instituições ou corretoras, algumas podem apresentar preçários especiais adequados para certos mercados, volumes, ou número de ordens por mês".

Investidores muito activos poderão, assim, escolher entidades com "packs" de ordens de bolsa, "que permitem reduzir o custo unitário de cada ordem de bolsa", refere Rui Olo. Já João Queiroz realça que nas plataformas electrónicas, "os encargos de negociação tendem a ser mais baixos porque não envolvem o recurso a operador".


As corretoras com os custos mais baixos para três transacções
Comprar e vender acções em Lisboa, nos EUA e na Alemanha pode ter diferentes custos de corretora para corretora. A Degiro, GoBulling e Orey apresentam as comissões mais baixas. 


Negociar acções em Lisboa mais barato na Degiro

Comprar e vender um bloco de acções no valor de 10.000 euros pode custar menos de 10 euros, ou mais de 17 euros, dependendo da corretora onde for realizada a operação. A Degiro é a corretora com a comissão mais baixa. Segundo o preçário da instituição, uma transacção neste valor na bolsa nacional custa 4,68 euros. Na GoBulling Pro, a comissão é de cinco euros por transacção. Já no ActivoBank, uma ordem sobre um bloco de 10 mil euros no PSI-20 tem um custo de 8,84 euros, pelo que a compra e venda fica em 17,68 euros. A estes valores é preciso acrescentar a custódia.


Acções alemãs saem mais caro

A negociação de acções alemãs é a mais cara para os investidores nacionais. Várias corretoras aplicam uma taxa mínima por operação de 20 euros, o que encarece o preço de transacções de menor valor. A Degiro e a Orey aplicam as comissões de corretagem mais baixas para os investidores que pretendam transaccionar acções de empresas cotadas no alemão Dax. No caso da Degiro, o custo de uma compra e venda de títulos com um valor de mercado de 10 mil euros é de 15,50 euros. Na Orey, a comissão sobe para 24 euros, mas no Banco Best o custo ascende a 52 euros.


Degiro e Orey com custos mais baixos na NYSE

Investir em títulos cotados na bolsa de Nova Iorque tem preços bastante distintos entre as várias corretoras no mercado nacional. A Degiro cobra, por operação, apenas 0,50 euros, uma comissão à qual acresce um valor de 0,004 dólares por acção. Ou seja, um investimento de 10.000 euros na Google (500 dólares por acção) terá um custo de 0,58 euros. Já na Dif Broker e na Orey, o critério é que, para acções acima de 5 dólares, o custo da transacção fica em dois cêntimos por acção, com mínimo de 15 dólares, sendo que na venda esta operação terá uma comissão de 22 cêntimos.


Há quem não cobre custódia de títulos

A custódia de títulos é um dos principais encargos a ter em consideração antes de investir. Manter uma carteira de acções pode custar mais de duas dezenas de euros por ano, ou não ter qualquer custo nas corretoras analisadas. A Degiro, a Dif Broker e a GoBulling Pro não cobram qualquer custo pela guarda de títulos, sendo que no BiG caso subscreva o serviço BiG + também não paga custódia. No ActivoBank e no Best esta comissão é de 6,15 euros por trimestre, ou 6,24 euros no BiG, para clientes normais. Isto perfaz um custo anual de 24,60 euros e 24,96 euros, respectivamente.


Fonte: Simulações enviadas pelas corretoras e preçários. Os valores já incluem imposto de selo.


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