Notícia
O chapéu de chuva
Sugerir a constituição de um fundo de emergência pode parecer desajustado na actual conjuntura. A subida das taxas de juro e as restrições no acesso ao crédito, duas consequências da crise de liquidez e confiança que se instalou nos mercados, são um fardo
Confrontadas com a necessidade de destinarem uma parcela crescente dos seus rendimentos à satisfação de compromissos perante os bancos, muitas já entraram em incumprimento ou encontram-se no limiar desta situação.
Os ajustamentos necessários para Portugal corrigir e superar os excessos do período de dinheiro barato e fácil não melhoram o enquadramento. Negócios em crescimento mais lento ou em dificuldades, significam actualizações salariais modestas ou nulas e, o que é pior, mais desemprego. O cenário, pouco animador, fica completo quando se observa a taxa de poupança, em percurso de baixa acelerada durante os últimos anos. Agora, quando se mostraria mais útil dispor de alguns recursos de reserva, é provável ser necessário utilizar o que sobra para amortizar créditos ou suportar despesas correntes inevitáveis.
São, precisamente, os momentos de crise que fornecem alguns dos ensinamentos mais importantes a quem não aprecie ser apanhado sem guarda-chuva quando a água começa a cair com intensidade. Um dos segredos está em manter uma carteira de investimento, facilmente convertível em liquidez, com o objectivo de acorrer a gastos essenciais, individuais ou da família, no caso de algum imprevisto se atravessar no caminho. Mesmo os investidores mais nervosos podem tirar algumas vantagens se preferirem, nas suas aplicações com esta finalidade específica, terrenos relativamente mais pálidos no que toca à rendibilidade, mas menos voláteis no que respeita ao risco.
Por tudo isto, o “Investidor Privado” que tem nas suas mãos explica-lhe quais os critérios que deve utilizar na constituição de um fundo de emergência e mostra-lhe três soluções sobre como aplicar o dinheiro em causa. Já agora, se está interessado em poupar no combustível, aproveite para ficar a saber que, para além das modas, os automóveis híbridos podem não ser tão apelativos quanto parecem.