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Japão - O ressuscitar do gigante

Chegou a hora das acções japonesas. Os especialistas já falam no regresso do bull market , alimentado pela subida da inflação, o aumento das poupanças e o reforço dos dividendos.

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O número de bancos de investimento e gestoras de activos a acreditar no regresso do “bull market” ao Japão não pára de aumentar. A confirmarem-se as perspectivas optimistas dos especialistas, o mercado de acções japonês pode assumir-se como um destino de refúgio ao sentimento deprimido que se abateu sobre as bolsas mundiais no último ano. A falta de exposição ao mercado de crédito de alto risco, associada à saída de um período de estagflação e deflação que assolou o país nos últimos anos, e o acentuado aumento dos dividendos pagos pelas empresas nipónicas fazem do Japão uma boa aposta aos olhos dos analistas.

Ao contrário das economias norte-americana e europeia, que foram atingidas pela crise do “subprime” e que acumulam perdas, o Japão manteve-se indiferente a este fenómeno e os rácios de capital das suas instituições financeiras continuam em níveis saudáveis. Devido a estes factores, a Pioneer Investments acredita que o Japão está a entrar num período de dez a 15 anos de ‘bull market”, suportado pelo “aumento das poupanças”. Opinião partilhada por outros nomes da indústria financeira. É o caso do presidente da Rogers Investment Advisors, Ed Rogers, que em entrevista à Bloomberg, foi assertivo: “Não há dúvida que o Japão está a entrar em ‘bull market’”.

Há vários anos a viver em deflação, a economia japonesa começa agora a registar alguma inflação. Enquanto na maioria dos países as pressões inflacionistas são encaradas como um problema, no Japão a subida dos preços é apontada como um aspecto atractivo ao investimento na maior economia asiática. “O Japão vai começar a ter um pouco de inflação, o que é bom para o país”, destacou recentemente Marco Pirondini, responsável pelo investimento global da Pioneer, que aconselha os investidores a comprarem acções nipónicas.

Mas positivo porquê, se os preços estão ao nível mais alto da última década? A corretora americana CLSA Ltd identifica três razões: “A número um é a passagem do investimento em obrigações para acções, dois é o aumento significativo do consumo e três é o crescimento dos resultados das empresas.”

Positivo é também o facto de os especialistas esperarem que as empresas japonesas venham a partilhar cada vez mais os seus lucros com os accionistas, contrariando as previsões para os restantes mercados desenvolvidos em que a crise financeira obrigará as companhias a apertarem o cinco. O pagamento de dividendos atractivos é mesmo um dos principais factores que, na opinião dos analistas, justifica a aposta no mercado nipónico.

Para quem não quer perder o combóio do Japão, existe no mercado português uma oferta alarga de fundos de investimento. As três soluções apresentadas (ver caixas) são os mais rentáveis num período alargado de cinco anos, tendo conseguido desempenhos positivos num contexto de mercado difícil, e têm todos a classificação máxima da Morningstar para a relação entre o retorno proporcionado e o risco assumido (cinco estrelas).

Bolsa japonesa recua 11,5% em 2008
Nikkei cai menos que as bolsas americanas e europeias

Fonte: Bloomberg.


Os três fundos de investimento no Japão mais rentáveis nos últimos cinco anos


Eurizon EasyFund Equity Japan RH
As empresas do sector industrial são a principal aposta deste fundo

- Sociedade gestora: Eurizon Capital
- Rendibilidade em cinco anos: 10,7%
- Rendibilidade em três anos: 7,7%
- Rendibilidade em 12 meses: -24,1%
- Estrelas Morningstar: 5


Fonte: Morningstar e sociedades gestoras.


Schroder ISF Japan Eq C EUR Hdg Acc
Bens de consumo e indústria dominam o universo de investimento

- Sociedade gestora: Schroder Investment Management
- Rendibilidade em cinco anos: 9,4%
- Rendibilidade em três anos: 5,2%
- Rendibilidade em 12 meses: -22,5%
- Estrelas Morningstar: 5


Fonte: Morningstar e sociedades gestoras.


Morgan Stanley SICAV Japanese Value Equity I Acc EUR
Mais de metade do património está aplicado em acções de indústria e de consumo

- Sociedade gestora: Morgan Stanley SICAV
- Rendibilidade em cinco anos: 6,8%
- Rendibilidade em três anos: 0,6%
- Rendibilidade em 12 meses: -20,5%
- Estrelas Morningstar: 5


Fonte: Morningstar e sociedades gestoras.
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