Notícia
Há vida além do Facebook?
Produtora de jogos "online" tenta sobreviver e, ao mesmo tempo, reduzir a dependência da rede social
13 de Agosto de 2012 às 11:22
Mark Pincus | O CEO e fundador vê "oportunidades", não riscos, no móvel.
A Zynga não tem tido vida fácil desde a entrada em bolsa, no final do ano passado. A produtora de jogos "online", como o FarmVille, cavalgou a euforia anterior à estreia do Facebook, mas viu virar-se contra si a dependência da rede social, que serve de plataforma para a maioria dos seus jogos. Com a acção em queda livre, os últimos resultados apresentados pela Zynga levaram alguns analistas a questionar a própria sobrevivência da empresa. A cereja no topo do bolo é um processo judicial lançado pela gigante Electronic Arts.
A empresa fundada por Mark Pincus informou na noite de 25 de Julho, quando as acções já caíam 49% face ao preço de venda na oferta pública inicial, que a Zynga passara a ter prejuízos no segundo trimestre. Ao mesmo tempo, a empresa cortou as estimativas para as receitas futuras. Na manhã seguinte, os títulos abriram a cair 37% no Nasdaq.
"Os resultados foram desastrosos", disse Arvind Bhatia, analista da Sterne Agee & Leach. "Cada vez mais estou convencido de que a Zynga foi uma moda", lamentou o analista. Também em reacção aos resultados do segundo trimestre e ao "outlook" mais cauteloso, Richard Greenfield, da BTIG, retirou a recomendação de "compra", numa nota intitulada "Pedimos desculpa pelo equívoco embaraçoso".
A gestão justificou a quebra nos resultados com um menor grau de envolvimento dos jogadores, a popularidade inferior às expectativas de "Draw Something" - a grande aposta da Zynga na transição para os dispositivos móveis -, e o atraso no lançamento do jogo "The Ville".
Foi com "The Ville" que a Zynga estreou a "Zynga With Friends", plataforma anunciada em Junho para "desamarrar" os jogos da Zynga do Facebook. A rede social foi uma rampa de lançamento e, até certo ponto, jogos como o FarmVille terão contribuído para o crescimento da rede social. Mas o grau de interdependência tem levantado sobrolhos tanto entre os investidores no Facebook como na Zynga. Na versão móvel do Facebook não é possível jogar.
O lançamento de "The Ville", a grande aposta da Zynga para tentar replicar o êxito dos primeiros títulos, está já, no entanto, envolta em polémica. A gigante Electronic Arts diz que o jogo é "indistinguível" do jogo "The Sims - Social" e abriu um processo judicial que está a preocupar os analistas. Se o tribunal der razão à EA, a sobrevivência da Zynga poderá estar em risco.
Esta semana termina o período de "lock-up", a partir do qual os funcionários poderão vender as acções que receberam na forma de opções. Há um risco de que muitos prefiram vender os títulos, apesar da quebra do preço. Se isso acontecer, as acções estarão ainda sob maior pressão e Mark Pincus poderá ter de preparar-se para se defender de uma OPA, caso haja interessados.
"Apesar de a empresa ter 'cash' à disposição e uma marca valiosa, com bom historial de crescimento, acreditamos que as acções da Zynga não devem contar com um potencial de subida significativo, a menos que a empresa consiga regressar aos ritmos de crescimento anteriores", diz Heath Terry, analista do Goldman Sachs.
A Zynga não tem tido vida fácil desde a entrada em bolsa, no final do ano passado. A produtora de jogos "online", como o FarmVille, cavalgou a euforia anterior à estreia do Facebook, mas viu virar-se contra si a dependência da rede social, que serve de plataforma para a maioria dos seus jogos. Com a acção em queda livre, os últimos resultados apresentados pela Zynga levaram alguns analistas a questionar a própria sobrevivência da empresa. A cereja no topo do bolo é um processo judicial lançado pela gigante Electronic Arts.
"Os resultados foram desastrosos", disse Arvind Bhatia, analista da Sterne Agee & Leach. "Cada vez mais estou convencido de que a Zynga foi uma moda", lamentou o analista. Também em reacção aos resultados do segundo trimestre e ao "outlook" mais cauteloso, Richard Greenfield, da BTIG, retirou a recomendação de "compra", numa nota intitulada "Pedimos desculpa pelo equívoco embaraçoso".
A gestão justificou a quebra nos resultados com um menor grau de envolvimento dos jogadores, a popularidade inferior às expectativas de "Draw Something" - a grande aposta da Zynga na transição para os dispositivos móveis -, e o atraso no lançamento do jogo "The Ville".
Foi com "The Ville" que a Zynga estreou a "Zynga With Friends", plataforma anunciada em Junho para "desamarrar" os jogos da Zynga do Facebook. A rede social foi uma rampa de lançamento e, até certo ponto, jogos como o FarmVille terão contribuído para o crescimento da rede social. Mas o grau de interdependência tem levantado sobrolhos tanto entre os investidores no Facebook como na Zynga. Na versão móvel do Facebook não é possível jogar.
O lançamento de "The Ville", a grande aposta da Zynga para tentar replicar o êxito dos primeiros títulos, está já, no entanto, envolta em polémica. A gigante Electronic Arts diz que o jogo é "indistinguível" do jogo "The Sims - Social" e abriu um processo judicial que está a preocupar os analistas. Se o tribunal der razão à EA, a sobrevivência da Zynga poderá estar em risco.
Esta semana termina o período de "lock-up", a partir do qual os funcionários poderão vender as acções que receberam na forma de opções. Há um risco de que muitos prefiram vender os títulos, apesar da quebra do preço. Se isso acontecer, as acções estarão ainda sob maior pressão e Mark Pincus poderá ter de preparar-se para se defender de uma OPA, caso haja interessados.
"Apesar de a empresa ter 'cash' à disposição e uma marca valiosa, com bom historial de crescimento, acreditamos que as acções da Zynga não devem contar com um potencial de subida significativo, a menos que a empresa consiga regressar aos ritmos de crescimento anteriores", diz Heath Terry, analista do Goldman Sachs.