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Fotografia - Cinco compactas especiais

A oferta de máquinas fotográficas compactas é cada vez maior, mas algumas são peças únicas no que respeita à inovação. Fotografia a 3D, câmaras que resistem a mergulhos, quedas e neve, que projectam as imagens na parede ou substituem o fotógrafo...

02 de Junho de 2010 às 09:25
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A oferta de máquinas fotográficas compactas é cada vez maior, mas algumas são peças únicas no que respeita à inovação. Fotografia a 3D, câmaras que resistem a mergulhos, quedas e neve, que projectam as imagens na parede ou substituem o fotógrafo, são alguns dos exemplos que já pode levar no bolso.

Optar por uma máquina fotográfica digital permite poupar tempo e dinheiro, eliminando a necessidade de revelação das fotografias, que podem ser imediatamente guardadas no computador ou noutro suporte digital e visualizadas em qualquer ecrã da casa (que garanta compatibilidade com a câmara).

Outra das vantagens prende-se com a possibilidade de prever o resultado do disparo antes da decisão tomada. Muitos dirão que uma certa dose de incerteza faz parte da magia da fotografia, mas há momentos em que a necessidade de guardar o momento se torna mais premente que arriscar uma imagem desfocada, sub ou sobreexposta, apenas pelo purismo da câmara analógica.

Também no que concerne à manipulação da imagem a opção pela máquina digital será, sem dúvida, um facilitador. A maior parte das câmaras vêm acompanhadas de software de edição que ajuda a remover tudo quanto seja imperfeição ou a transformar um cenário menos aprazível no ambiente que gostaríamos de ter tido a oportunidade de registar.

Problemas de luz, alterar a escala de cores da imagem, adicionar efeitos - ao jeito de um Wandy Warhol ou de um retrato desenhado, por exemplo - passam a ser possibilidades à distância de uns quantos cliques de rato e alguma destreza. A coisa pode exigir algum investimento de tempo para dominar as ferramentas mas as ofertas de programas são mais que muitas, com diferentes graus de complexidade, consoante o engenho e paciência do utilizador. E a Web está cheia de tutoriais prontos a ensinar qualquer um a tirar o melhor partido deste tipo de aplicações. Se o programa fornecido com a máquina não lhe agradar, existem várias alternativas pagas ou gratuitas e disponíveis online.

Numa altura em que a consciência ambiental está na ordem do dia, importa ainda referir que preferir uma câmara digital significa também poupar recursos. Dispensam-se filmes, cujos componentes incluem químicos nocivos, e revelações, processo que implica a utilização de substâncias poluentes. Já para não falar no papel que se poupa quando imprimimos apenas uma selecção das imagens que, de facto, nos interessa passar para esse suporte, ao invés de solicitar a transposição de todas as fotografias num rolo.

Democratização compacta
Apesar das muitas fragilidades que ainda lhes podem ser apontadas pelos especialistas, as máquinas digitais têm vindo a conquistar os menos entendidos na arte - que se vêem na posse de um instrumento capaz de os ajudar a fazer aquilo que não seriam capazes de outra forma - mas também fotógrafos mais experientes.

Um dos segmentos mais democratizados é o das câmaras compactas. Cada vez mais fiáveis no que concerne à imagem, pequenas e versáteis, tornaram-se ideais para levar para qualquer lado e capazes de fazer face a várias situações, dispensando o transporte de várias lentes e equipamentos.

As ofertas são mais que muitas, mas algumas merecem um olhar mais atento pela inovação que reflectem e potencialidades que encerram, permitindo ao utilizador superar os limites da fotografia tradicional e mostrando de que forma a tecnologia pode ajudar a revolucionar uma técnica que remonta ao século XIX. Os últimos meses têm sido pródigos em lançamentos capazes de impressionar os adeptos desta área, tanto os mais conservadores como os que procuram propostas mais exóticas.

Fotografia a 3D, levar a máquina a mergulhar ou esquiar consigo (e deixá-la cair de uma altura de dois metros), fazer da própria câmara o fotógrafo de serviço (sem qualquer necessidade de acção humana) ou projectar instantaneamente as imagens captadas na parede de casa, tornaram-se realidades à distância de uma digital compacta. Para os mais preocupados com a fotografia propriamente dita, há uma câmara com uma lente grande angular de 25mm e zoom óptico até 12x, num corpo de 3,3 centímetros, onde todos os controlos podem ser manuais. Mas tem GPS.





De 300 a 500€
As melhores câmaras compactas para fotografar as suas férias

Não substituem a qualidade e versatilidade das reflex, mas as câmaras compactas que reunimos neste trabalho não o vão deixar mal, mesmo nos momentos mais difíceis, e radicais, das férias de Verão. Compare os modelos e as suas características. A escolha final é sua.



1. Panasonic Lumix TZ-10
Pequena no tamanho, grande na lente

€359,99


Resolução: 12.1 megapixéis
Lente: Leica 25mm, f/3.3-4.9
Zoom: óptico 12x
Ecrã: LCD TFT 3 polegadas
Bateria/autonomia: lítio, 300 imagens
Memória: interna 10MB, cartões DS, SDHC, SDXC
Vídeo: HD (720p, 25fps), com som estéreo
Dimensões: 103.3 x 59.6 x 32.8 mm
Controlos manuais: sim


A maior parte das fotografias tiradas no dia-a-dia recorrem a distâncias focais pequenas, com os objectos colocados a uma distância relativamente curta com relação ao fotógrafo. Escolher uma máquina com uma lente grande angular é uma boa opção, já que permite enquadrar mais elementos na fotografia mesmo quando o utilizador não pode beneficiar de grandes movimentações no espaço.

Lançada em Fevereiro, a nova Lumix TZ-10 traz maior resolução (12.1 megapixéis) e outras características que faltavam à antecessora TZ-7, como o total controlo manual da abertura e exposição. Garantido fica também o GPS, que permite a identificação do local onde as fotografias foram tiradas, e fornece informação em tempo real sobre a localização geográfica do utilizador, o que pode ser especialmente útil em viagens, por exemplo.

Vale ainda a pena referir que, ao contrário do que acontece em muitos equipamentos, este pode ser usado mesmo durante a captação de vídeo - que é feita em alta definição e com som estéreo e pode ser exportada através da entrada HDMI.



2. Nikon Coolpix S1000PJ
Câmara e projector num só
€499 (Worten) / €299 (Pixmania)


Resolução: 12.1 megapixéis
Lente: Nikkor (equivalente a 28-140mm), f/3.9-5.8
Zoom: óptico 5x
Ecrã: LCD TFT 2,7 polegadas
Bateria/autonomia: lítio, 220 disparos
Memória: interna 36MB, cartões DS, SDHC
Vídeo: HD
Dimensões: 99,5 x 62,5 x 23 mm
Controlos manuais: não


O modelo assemelha-se a tantos outros compactos da fabricante japonesa, mas tem a particularidade de ser a primeira máquina a incluir um projector no próprio corpo, que permite projectar vídeos e imagens numa superfície lisa.

O projector incluído tem um brilho até 10 lúmenes e permite a reprodução de imagens com uma diagonal de 5 a 40 polegadas, podendo estar colocado a uma distância entre 26 centímetros a 2 metros do local onde está a ser projectada a apresentação, mas a bateria não dura mais de uma hora desligada da corrente. Embora o vídeo seja captado pela máquina em HD, a resolução de saída do projector é apenas equivalente ao VGA.

À parte desta característica especial, estamos na presença de uma compacta com 99,5 x 62,5 x 23 mm de tamanho, que cumpre todas as funções das suas semelhantes. Uma resolução de 12.1 megapixéis, uma lente grande angular da Nikon de 25mm com zoom óptico até 5x e vários modos de disparo automáticos, como o selector de cenas automático ou o sistema de retrato inteligente.



3. Fujifilm FinePix Real 3D W1
Fotografias a 3D
€499


Resolução: 10.0 megapixéis
Lente: duas lentes Fujinon, f/3.7 e f/4.2
Zoom: óptico 3x
Ecrã: LCD para 3D e 2D, 2,8 polegadas
Bateria/autonomia: lítio, não especificada
Memória: interna 42MB, cartões SD, SDHC
Vídeo: 3D 640x480p (30fps), som estéreo
Dimensões: 123.6 x 68 x 25.8 mm
Controlos manuais: sim


É a "primeira máquina fotográfica digital 3D do mundo" garante a Fujifilm. Para isso, conta com duas lentes e dois sensores de imagens, que possibilitam a produção (e reprodução) de fotografias e vídeos na forma tridimensional. A máquina capta duas imagens em simultâneo que combina para obter um efeito de profundidade, mas também produz fotos comuns, em 2D.

Numa altura em que o 3D está na ordem do dia, com realizadores de cinema e fabricantes de televisores e consolas de jogos a apostarem no conceito, a sua aplicação ao mundo da fotografia já é possível, mas a utilização prática fica reduzida à visualização em suportes digitais preparados para o efeito, como seja o ecrã da própria câmara ou uma televisão 3D - desde que seja possível garantir a sua compatibilidade com os formatos exportados pela máquina e suporte aos cartões de memória, ou outra forma de transferir os conteúdos.

Ao contrário do que acontece nos ecrãs das salas de estar e de cinemas, as imagens em 3D são reproduzidas no LCD da câmara sem necessidade de quaisquer óculos especiais.



4. Sony Cyber-Shot TX1
Dispense o fotógrafo
€380 (câmara) + €149 (docking base)


Resolução: 10.2 megapixéis
Lente: Carl Zeiss (equivalente a 35-140mm), f/3.5 e f/4.6
Zoom: óptico 4x
Ecrã: LCD TFT táctil, 3 polegadas
Bateria/autonomia: lítio, 250 fotos, 125 minutos
Memória: interna 11 MB, cartões Memory Stick Duo, Pro Duo e Pro HG Duo
Vídeo: HD (720p)
Dimensões: 93,8 x 58,2 x 16,5 mm
Controlos manuais: não


Este modelo, como é característico das Cyber-Shot apresenta uma aposta rica em modos automáticos e funcionalidades que podem ser uma ajuda preciosa para fotógrafos menos experientes e um alívio para quem não tem paciência para perder muito tempo a estudar a fotografia.

A máquina inclui um modo que é capaz de identificar sorrisos, calcular os tempos de exposição e abertura do obturador, focar e efectuar o disparo. Tudo de forma automática e sem que o utilizador precise de premir quaisquer botões. Esta capacidade, aliada a um acessório lançado pela marca permite pousar a câmara sobre uma superfície e fazer dela um repórter de imagem autónomo.

O equipamento, que é vendido separadamente, chama-se Party-Shot. Trata-se de uma "docking base" sobre a qual é colocada a câmara e que a vai movimentar em vários sentidos, fazer ajustes de zoom e focagem, encontrar caras e sorrisos e fazer disparos automáticos. A máquina, que não tem mais de 1,6 centímetros de espessura e está disponível em cores como rosa, azul ou prateado.



5. Olympus Tough-8010
Uma máquina todo-o-terreno
€350


Resolução: 14 megapixéis
Lente: grande angular (equivalente a 28-140mm)
Zoom: óptico (interno) 5x
Ecrã: LCD, 2,7 polegadas
Bateria/autonomia: lítio, não especificada
Memória: interna 1,6 GB, cartões SD e SDHC
Vídeo: HD (720p)
Dimensões: 98,3 x 63,6 x 23,9 mm
Controlos manuais: não


As actividades ao ar livre prestam-se a situações dignas de registo fotográfico, mas também é verdade que não é fácil arriscar a integridade da câmara que tanto prezamos. Tem medo? Compre uma Tough. Basta olhar para ela para perceber que a saúde da máquina deixou de ser um problema...

A mais apetrechada de todos os modelos "todo-o-terreno" da marca é a Tough-8010, foi lançada em Fevereiro e leva a fotografia às últimas consequências: pode ser submersa até 10 metros de profundidade, atirada de uma altura de dois metros, resiste a pesos de 100 quilos e a temperaturas negativas (até -10º centígrados). Apesar da couraça rija é sensível por dentro. Ao generoso sensor de 14 megapixéis soma-se uma lente equivalente a uma 28-140mm e vários filtros para manipular as fotografias.

Pode ainda contar com estabilizador de imagem e iluminação LED - capazes de dar uma ajuda nos ambientes adversos que se advinham. Para transferência dos ficheiros fica ainda assegurada uma saída HDMI, para que não se estrague nada daquilo que pode ter custado tanto a conseguir.




Características essenciais

Quando escolher uma compacta, para além de perceber qual a máquina que melhor se adapta às suas necessidades, há características que vale a pena comparar. Na altura de comprar não se esqueça de conferir:

Sensor As pessoas habituaram-se a olhar para a quantidade de megapixéis e comparar as máquinas, mas é preciso não esquecer que a qualidade da fotografia depende da combinação de uma série de factores. Como referência, pode indicar-se que uma resolução a partir de 8 megapixéis será perfeitamente suficiente, mesmo que se queiram fazer grandes ampliações das imagens.

Tipo de lente Opte por uma lente grande angular, que tem uma menor distância focal e permite enquadrar mais elementos numa fotografia sem precisar de estar tão afastado dos motivos a captar. Uma lente de câmara digital equivalente a 28mm (ou menos) será uma boa escolha. A título de comparação pode referir-se que com o fotógrafo colocado a três metros de um grupo de seis pessoas, a lente de 28mm enquadra todos os elementos com alguma folga, enquanto uma de 33mm exigirá que alguém seja cortado da cena ou que o fotógrafo recue para enquadrar todos.

Tipo de Zoom É importante garantir que os valores se referem ao zoom óptico, da própria lente, e não do digital, que é conseguido através de um processo levado a cabo pelo software da câmara e faz a imagem perder qualidade. Convém também ter em conta que algumas máquinas têm as lentes integradas no corpo do equipamento e não comportam a sua extensão, pelo que apenas contam com "zoom interno", que pode ser óptico mas nunca será tão satisfatório como o tradicional.

Controlos manuais Vale a pena escolher um equipamento que permita o controlo manual da abertura do diafragma e tempo de exposição, caso o utilizador já tenha alguns conhecimentos sobre fotografia, que lhe permitam tirar partido dessas ferramentas para melhor captar e manipular a imagem. Muitas das máquinas não permitem o total controlo manual mas contam com modos de prioridade à abertura ou ao obturador.

Bateria Opte por câmaras com baterias de lítio, que apresentam maior autonomia, durabilidade e têm menos probabilidade de ficarem "viciadas". Além disso, ocupam menos espaço nos equipamentos, permitindo que estes apresentem dimensões mais reduzidas e sejam mais leves.










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