Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Estratégias castigadas pela bolsa

As cotações dos fundos sofrem com o abrandamento da produção, a redução da procura, o encarecimento do petróleo e as preocupações sobre a dívida soberana da Europa e sobre a política monetária na China. As perdas das carteiras de fundos durante o último mês é de 3%.

06 de Julho de 2011 às 08:48
  • ...



































Conheça oito carteiras de fundos




As carteiras prudentes foram construídas para um prazo de investimento de três anos e são destinadas a aforradores conservadores que não aceitam perdas anuais superiores a 4%.

As carteiras agressivas estão desenhadas para um prazo de investimento mínimo de cinco anos e com um limite de perdas anuais até 10%.





ActivoBank
Pesadas quedas que nascem na América

A exposição da estratégia agressiva do ActivoBank ao mercado norte-americano levou-a a uma desvalorização superior a 4% ao longo do último mês. "Destacamos o fim anunciado (final de Junho) do programa 'Quantitative Easing 2' e o previsível endurecimento da política monetária da Reserva Federal, bem como o problema do tecto legal da dívida pública norte-americana", diz Gonçalo Gomes, da Direcção de Marketing da instituição financeira. A liderar a lista das maiores perdas está o Parvest Equity USA Small Cap, um fundo que investe em sociedade de menor dimensão nas bolsas estado-unidenses, como a mineira Compass Minerals (especializada em sal e sulfato de potássio) e o AptarGroup, especialista em embalagens. A segunda posição da lista pertence ao Skandia Technology. Embora não esteja limitado ao mercado norte-americano, 82% da carteira está aplicada nessa região do mundo.

O fundo que melhor se portou durante o último mês foi o Fidelity Germany, apesar de ter registado uma queda marginal. Este produto continua "a beneficiar da resiliência do consumidor alemão, bem como do dinamismo das exportações para países emergentes", explica Gonçalo Gomes. Segundo a Morningstar, o gestor do fundo da Fidelity, Christian Engelbrechten, elege os sectores dos materiais, dos serviços financeiros e dos bens de consumo como prioritários. A Siemens é a sua maior aposta.






Banco Best
Volatilidade dá ganhos num mar de perdas

Entre todos os produtos recomendados pelos quatro supermercados de fundos nesta rubrica apenas um conseguiu alcançar um resultado positivo desde a última revisão de carteiras, no final de Maio. O Amundi Volatility Euro Equities, presente na estratégia prudente do Banco Best, avançou cerca de 0,3%, beneficiando do aumento da volatilidade nos mercados. Os gestores da Amundi "procuram retorno absoluto através de uma exposição flexível à volatilidade dos mercados accionistas da Zona Euro", lê-se nos documentos oficiais.

O peso limitado do Amundi Volatility Euro Equity, que absorve um décimo do portefólio prudente do Banco Best, não conseguiu travar as perdas. Os três maiores fundos na carteira, que representam quase três quartos da estratégia, desvalorizaram 0,8%, em média.

O modelo mais agressivo do Banco Best teve perdas mais drásticas. O Vontobel Belvista Commodity, um fundo que permite a exposição aos preços das principais mercadorias, caiu quase 5%. Nas bolsas de mercadorias, as cotações desceram acentuadamente no último mês. A única grande excepção foi o ouro, que continua a servir de refúgio para muitos investidores. Apesar da queda de quase 5% do fundo Vontobel, as maiores diminuições foram registadas pelo Jupiter European Growth e pelo JPMorgan Global Focus. Junto têm um quarto dos activos da estratégia agressiva do Banco Best.






Banco BIG
Reforço nas acções

As estratégias do Banco Big foram as que menos desvalorizaram desde a última edição desta rubrica, publicada no final de Maio. Mesmo assim isso não impediu que a rendibilidade anualizada da carteira agressiva descesse abaixo de 1%, reflexo de um ganho de 1,72% desde Julho de 2009. As maiores perdas foram obtidas pelo fundo Schroder European Large Cap. A selecção de grandes empresas europeias realizada pelo gestor Rory Bateman, que inclui nomes como Total, Unilever, Michelin e AXA, não foi suficiente para impedir uma desvalorização de quase 6% no último mês.

Do lado da carteira prudente do Banco Big, as desvalorizações atingiram o seu máximo no Fidelity Global Opportunities. Os gestores deste produto fazem uma selecção sectorial de acções por todo o mundo. Na última revisão do portefólio, o sector dos serviços financeiros era o mais importante.

Apesar das maiores quedas terem sido registadas nos mercados accionistas, a exposição das duas estratégias do Banco Big a esse segmento foi incrementado. "Acreditamos que os mercados apresentam oportunidades com prémios interessantes e por isso manteremos as alocações das carteiras, apenas aumentando ligeiramente a exposição", explica Rui Broega, o responsável pela gestão de activos do banco. O ING Global High Dividend e o Threadneedle Global Select foram os fundos seleccionados para operar esse aumento.






Deutsche Bank
Líder nas perdas mensais

Desde que se procedeu à última revisão das carteiras recomendadas pelos supermercados de fundos, efectuada no penúltimo dia de Maio, os portefólios propostos pelo Deutsche Bank foram os que mais desvalorizaram nas duas categorias. A carteira prudente do banco de origem alemã perdeu 2,4% do seu valor, arrastado maioritariamente pelo fundo BlackRock Global Dynamic Equity, que representa mais de um terço da estratégia. Nem o facto do maior activos deste fundo de acções globais (mas enviesado para os Estados Unidos da América) ser o SPDR Gold Shares, um produto exposto totalmente ao ouro, impediu uma desvalorização superior a 4,5%.

No portefólio mais agressivo, o Parvest Equity USA, um fundo de acções norte-americanas que absorve 41% da estratégia, foi o que mais caiu. As acções da Oracle, a maior aposta do gestor do BNP Paribas Investment Partners responsável pelo fundo, desceram 5% e o movimento cambial do euro-dólar só piorou o resultado. Feito o balanço global, o modelo agressivo do Deutsche Bank perdeu 4,8% desde a última revisão das estratégias de fundos.

Tal como o ActivoBank e o Banco Best, os responsáveis pela gestão de activos do Deutsche Bank não definiram qualquer alteração às carteiras recomendadas neste mês.




Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio