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Crédito habitação - A melhor solução para cada caso

As condições de um empréstimo são sempre condicionadas à "qualidade" do cliente e do imóvel. Há bancos, ainda que nem todos, que financiam 90% da avaliação da casa que se quer comprar. E, para quem pode dar uma boa entrada, as instituições têm...

Crédito habitação - A melhor solução para cada caso
30 de Abril de 2010 às 09:30
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Ter fundos disponíveis para dar uma boa entrada, ou poupanças que sirvam de garantia aos bancos facilita, e muito, o acesso ao crédito. Mas para quem "não tem pais ricos" também há soluções. Ainda que mais caras.

As condições de um empréstimo são sempre condicionadas à "qualidade" do cliente e do imóvel. Há bancos, ainda que nem todos, que financiam 90% da avaliação da casa que se quer comprar. E, para quem pode dar uma boa entrada, as instituições têm condições atractivas, ainda que os "spreads" de antigamente pareçam nunca mais voltar.

Se, no início de 2008, Portugal estava no meio de uma "guerra" de "spreads" baixos para todos, ou quase todos, hoje esta realidade é bem diferente. A crise financeira deu um "puxão de orelhas" à banca, já que emprestar dinheiro a um custo muito baixo pode ser pouco prudente. Com a crise financeira a transformar-se numa crise económica, a taxa de desemprego subiu e levou a que muitas pessoas com empréstimos bancários entrassem em incumprimento.

E, ainda que estejamos longe de um contexto económico animador, já se começam a ver campanhas publicitárias ao crédito à habitação. Algo que durante uns meses parecia tabu. Alguns bancos lançaram nos últimos meses campanhas de crédito à habitação, promovendo "spreads" mais baixos, ainda que não estejam ao alcance de todos.

A maioria dos "spreads" mais baixos implicam, muitas vezes, que o financiamento pedido não supere os 50% da avaliação do imóvel. Sendo que, ou se encontra um verdadeiro achado, ou esta opção está fora do alcance de muitos. Barclays, BBVA, Deutsche Bank, Caixa Galicia e Santander Totta estão entre as instituições que dispõem de ofertas com "spreads" mais baixos.

Mas, mesmo entre estas propostas, é aconselhável que se leiam os asteriscos, porque poderá referir-se apenas a uma promoção com final marcado. Estas pessoas terão um poder negocial acima da média, mas para comprar casa não é preciso ter poupanças altas, ainda que o custo final do empréstimo aumente exponencialmente.

Ao longo de 2009, as regras estabelecidas pela banca para emprestar dinheiro apertaram, devido à crise financeira que se instalou e que obrigou as instituições a reavaliarem a forma como estava a conceder crédito. E isso fez com que algumas instituições diminuíssem o valor financiado face à avaliação da casa. A maioria dos bancos deixou de emprestar 90% da avaliação, passando a conceder, no máximo, 80%. Um factor que impossibilita algumas pessoas de comprar casa. Mas hoje em dia é possível aceder a este tipo de financiamentos. BBVA, Banif, BES, Millennium bcp e CGD estão entre as instituições que financiam até 90% da avaliação.

Financiamentos mais altos face à avaliação implicam o pagamento de "spreads" mais elevados, podendo mesmo superar os 3% (ver tabelas da pág. ao lado). Mas há formas de tentar descer este valor. Quanto mais produtos subscrever com o seu banco, maior será a bonificação, sendo que os bancos têm um limite de bonificações por cada processo. Mas atenção: é importante fazer contas. A redução do "spread" pode não compensar face aos custos que vai ter com os produtos associados. Pelo que o conselho é que faça várias simulações, com diferentes opções e em várias instituições.

Actualmente, a comparação de propostas está mais facilitada, com as instituições financeiras a terem de publicar a TAER (taxa anual efectiva revista), que inclui os custos associados aos produtos subscritos. E através dos "sites" das instituições pode consultar-se preçários (onde constam juros e comissões) e simular cada caso. Ainda assim, uma ida ao balcão facilita a negociação, até porque um gestor consegue, normalmente, oferecer condições melhores do que o computador.






Que "spreads" cobram os bancos?

Os "spreads" das instituições financeiras podem variar de um nível inferior a 1% até um valor superior a 3%. Tudo depende das condições do cliente e do empréstimo. Consulte aqui os valores máximos e mínimos praticados actualmente em Portugal, sendo que o valor do seu "spread" vai depender de vários factores.








Ofertas para (quase) todos os bolsos

Há propostas de financiamento para (quase) todos os bolsos. Dos "spreads" mais baixos (que às vezes são apenas por tempo limitado) ao financiamentos mais altos face às avaliações.





Alerta - Tem de cumprir regras para manter o preço

Quando se negoceia com o banco um determinado "spread", é preciso ter em atenção que essa margem está condicionada a vários factores. Quantos mais produtos o cliente subscrever, maior será a bonificação (até um determinado limite). Ou seja, se contratar um crédito à habitação e subscrever cinco produtos terá um "spread" mais baixo. Mas, cuidado, se deixar de cumprir algum dos pressupostos poderá ver aumentado este juro.

Por exemplo, imagine que subscreve um plano poupança reforma (PPR) e tem uma bonificação de 0,10 pontos. Num "spread" base de 1,5%, esta subscrição fará com que este valor desça para 1,4%. E assim sucessivamente, até ao limite estabelecido pela instituição. Caso decida terminar com o PPR, o "spread" voltará a ser acrescido dos 0,10% da bonificação dada inicialmente. Por isso, é necessário ter em atenção os produtos que se subscreve na altura da negociação e analisar se a redução do "spread" justifica o potencial encargo que vai ter ao longo do prazo do contrato. De qualquer forma, sabe, à partida, que as condições são aquelas e, se não as cumprir, o banco poderá aumentar o "spread".






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