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Arrume o teclado e use a caneta

As propostas para transformar o computador num bloco de notas digital, retomando hábitos de escrita com a caneta em vez da utilização do teclado, são já antigas, mas a verdade é que a "moda" não pegou. Ao contrário dos telemóveis e...

Arrume o teclado e use a caneta
04 de Junho de 2009 às 10:00
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Com o novo sistema operativo da Microsoft ficam reforçadas as ferramentas para usar a caneta como meio de introdução de dados no computador. O manuscrito volta a ganhar terreno, numa área onde, até agora, o teclado dominava.


As propostas para transformar o computador num bloco de notas digital, retomando hábitos de escrita com a caneta em vez da utilização do teclado, são já antigas, mas a verdade é que a "moda" não pegou. Ao contrário dos telemóveis e dos PDA/Smartphones, onde já é possível encontrar uma grande variedade de modelos com interface de toque a preços cada vez mais acessíveis, e onde é o próprio mercado a exigir esta transformação, nos computadores não é habitual encontrar pessoas a escrever com a caneta no ecrã, ou a usar os dedos para gerir o interface.

A primeira ideia de um Tablet PC terá sido desenhada nos laboratórios de investigação da Xerox, ainda em 1960, quando foi concebido um portátil que usaria uma caneta para introduzir informação. O projecto recebeu o nome de Dynabook mas nunca passou do papel e só perto da década de 90 foi comercializado o primeiro modelo com funcionalidades semelhantes. Com a maior divulgação dos computadores portáteis, já no final do século XX, vários fabricantes avançaram com propostas neste sentido, dando corpo às ideias.

Não é, por isso, por falta de modelos tablet que este mercado não avança. A oferta de computadores existe, com as grandes marcas a integrarem nas suas gamas equipamentos híbridos, que juntam o melhor de dois mundos ao conjugar o ecrã de toque com um teclado que pode ficar escondido ao rodar o ecrã. Mas a fraca procura faz com que os fabricantes não apostem muito nestes modelos e os direccionem para mercados específicos, como o retalho ou a saúde, onde aplicações formatadas à medida das necessidades das empresas podem tornar mais fácil a introdução de dados com a ajuda da caneta especial, ou a verificação de "checklists", por exemplo.

Letras bem lidas
O facto de o reconhecimento de letra manuscrita não estar ainda muito apurado para a maioria das línguas pode ser um dos obstáculos que impede uma maior utilização destes portáteis.

O Windows XP teve mesmo uma versão especial para Tablet PC, mas até os utilizadores nativos de inglês tinham queixas quanto à capacidade de reconhecimento das notas manuscritas e à sua conversão para caracteres-máquina, o que fazia com que alguns fãs optassem por guardar essas notas apenas como imagem, perdendo grande parte das vantagens da sua integração noutras aplicações. O suporte foi ainda melhorado no Windows Vista, mas sem se tornar satisfatório para todas as línguas.

Agora, com o Windows 7, que será lançado ainda este ano, a Microsoft está a fazer um novo esforço no sentido de divulgar esta funcionalidade e também de a melhorar. Em Portugal, os testes foram longos e contaram com a contribuição de dezenas de pessoas que experimentaram escrever directamente com a caneta no computador, treinando o sistema e apontando erros para que a empresa pudesse "limar arestas".

A garantia de que o reconhecimento de escrita em português vai integrar a nova versão do Windows 7 já está dada e o empenho da Microsoft Portugal centra-se agora em assegurar que os fabricantes nacionais têm máquinas com ecrãs de toque disponíveis à data de lançamento do sistema operativo. A Inforlandia e a JP Sá Couto já estão a trabalhar nesse sentido e têm propostas que vão colocar nas lojas ao mesmo tempo que o Windows 7, e que se configuram como alternativas credíveis às propostas das marcas internacionais.

Em baixo, deixamos uma selecção de alguns dos modelos de Tablet PC que já pode encontrar nas lojas, ainda com sistema operativo Windows Vista ou Windows XP, mas que poderá actualizar com o Windows 7 quando este for lançado. A diversidade de características é grande, o que justifica as diferenças de preços. A escolha deve focar-se no tipo de funcionalidades que se quer explorar nestes modelos, desde funções mais elementares baseadas no reconhecimento de introdução de texto através de uma caneta especial, à adição de funcionalidades multimédia mais avançadas ou o privilégio pela portabilidade.





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O factor agregador é o ecrã "touch screen" sobre o qual se pode escrever. As restantes características justificam a grande diversidade de preços dos modelos Tablet PC. Veja aqui as principais opções no mercado.




HP Pavillion tx2570ep

€999

Processador: AMD Turon 64 X25 dual core a 2,2 Ghz
Placa gráfica: ATI Radeon HD 3200
Memória RAM: 4 GBytes
Disco: 320 GBytes
Ecrã: 12,1 polegadas
Sistema operativo: Windows Vista Home Premium
Peso: 1,93 kg


A HP mantém vários modelos Tablet Pc na sua oferta, mas o HP TouchSmart tx2-1100 series é o que mais se adequa a quem quer juntar produtividade e entretenimento, explorando as capacidades multimédia. O teclado é um "acessório" que pode escolher não utilizar, já que o seu ecrã "multi-touch" recebe todas as instruções com o toque do dedo ou da caneta, transformando-se em bloco de notas ou de desenho quando desejar.




Toshiba Portégé M750
€1.590

Processador: Intel Centrino Core2 Duo P8700 a 2,53 GHz
Placa gráfica: Intel GM45 Express
Memória RAM: 4 GBytes
Disco: 320 GBytes
Ecrã: 12,1 polegadas
Sistema operativo: Windows Vista Business com possibilidade de downgrade para Windows XP Tablet PC
Peso: 1,9 Kg


Com um cariz mais profissional, o Toshiba Portégé M750 tem todas as funcionalidades que a marca tem vindo a adicionar aos seus portáteis em termos de segurança e fiabilidade. Pelas suas características específicas a marca dirige-o mais ao segmento da educação e "design". Mas não é por isso que deixará ficar mal quem quer tirar partido da máquina para o lazer… Este modelo não é dos mais recentes da gama Portégé e está à venda desde Novembro de 2008.




Lenovo ThinkPad X200

€1.880

Processador: Intel Core 2 Duo a 1.2GHz
Placa gráfica: Intel Graphics Media Accelerator 4500MHD
Memória RAM: 2 GBytes
Disco: 250 GBytes
Ecrã: 12,1 polegadas
Sistema operativo: Windows Vista Home Premium
Peso: 1,58 Kg


É o mais leve e portátil dos vários Tablet PC que seleccionámos para esta peça, mas não é por isso que perde funcionalidade, nem capacidade de bateria. A Lenovo herda a experiência da IBM nos Thinkpad e não esqueceu também deste modelo (mais virado para o mercado profissional) as características de segurança e durabilidade que são apanágio da marca.




LG P100

€999

Processador: Intel Core2 Duo ULV U7700 a 1,33 GHz
Placa gráfica: NVIDIA GeForce 8400MG
Memória RAM: 2 GBytes
Disco: 100 GBytes
Ecrã: 10,6 polegadas
Sistema operativo: Windows Vista Business
Peso: 1,31 Kg


Está entre as propostas mais recentes para Tablet PC e conjuga a qualidade gráfica com a capacidade de conversão em "bloco de notas" informático. Disponível em preto ou branco brilhante, o P100 tem um ecrã mais pequeno do que os outros modelos que apresentamos mas esta redução é bem vinda pelo que se ganha no peso e na dimensão total do portátil.




Tsunami Jumper T101
€449

Processador: Intel Atom N270 1.6GHz
Placa gráfica: Intel GMA950
Memória RAM: 1 GBytes
Disco: 60 GBytes
Ecrã: 8,9 polegadas
Sistema operativo: Windows XP Home
Peso: 1,3 Kg


Este modelo da portuguesa J.P. Sá Couto, mais conhecida pelo portátil "Magalhães", é o único netbook Tablet que escolhemos. A conjugação das duas vertentes - o baixo custo e o ecrã sensível ao toque - é justificada pela empresa pela possibilidade de chegar a novos mercados profissionais que afastam modelos de maior dimensão pelo preço. Não espere grandes funcionalidades multimédia, mas se tiver formulários para preencher ou só usar ferramentas básicas pode apostar neste modelo.




INSYS LightNote
€1.199

Processador: Intel Core2 Duo T8300
Memória RAM: 2 GBytes
Disco: 320 GBytes
Ecrã: 12,1 polegadas
Sistema operativo: Vista Home Premium
Peso: 1,3 Kg


Também com cunho português, este modelo da Inforlandia será um dos que estará na primeira linha das prateleiras, com o Windows 7 em português. As características são semelhantes a outros tablet de marcas internacionais, distinguindo-se principalmente pela integração de um modem 3G para ligação de banda larga móvel, mas exigindo, na mesma, a realização de uma assinatura com um operador.


Magalhães em forma de Tablet?

O pequeno portátil destinado às crianças poderá vir a ter, também, um formato de Tablet PC num futuro próximo. A Intel já o adoptou no Classmate PC, o "design" de referência no qual se baseia o Magalhães, e, por isso, não é de afastar esta ideia.

Por enquanto, o Magalhães ganhou na nova versão - que será lançada em Setembro - mais capacidade de reconhecimento de escrita, e integra já uma caneta que é ligada ao portátil e pode ser usada pelas crianças para usarem o manuscrito na inserção de texto. Até porque não convém que os miúdos se habituem logo de pequenos a escrever apenas no teclado.
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