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Investimento de fundos na Portugal Telecom dispara 75% em Agosto

No mês que antecipou a assembleia-geral que aprovou os novos termos da fusão com a brasileira Oi, os fundos de investimento mobiliário reforçaram em força na PT. Mas o BCP superou a Sonae na preferência dos gestores de fundos.

12 de Setembro de 2014 às 13:54
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O investimento dos fundos mobiliários em acções da Portugal Telecom registou um forte aumento em Agosto. Ainda assim, o valor investido está ainda 24% abaixo do que aí era colocado em Maio, antes de se conhecer a dívida de 897 milhões de euros a sociedades do Grupo Espírito Santo.

 

Os fundos de investimento mobiliário tinham 16 milhões de euros investidos em acções da operadora ainda presidida por Henrique Granadeiro em Agosto. O que representa uma subida de 75,6% face ao valor de Julho. A PT foi a oitava empresa mais atractiva para os fundos no mês passado. Em Julho, nem constava dos dez primeiros, como apontam os dados divulgados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

Esta melhoria ocorreu em Agosto, mês que antecedeu a assembleia-geral de accionistas em que foram votados os novos termos da fusão com a Oi. A brasileira passou os 897 milhões de euros de dívida das empresas do Grupo Espírito Santo para a PT SGPS, que passa a ter nestes títulos o seu único activo. Quem é accionista da PT, como os fundos, passam a ser accionistas de 25,6% da nova Oi, em vez dos 37,6% inicialmente avançados. Ficam com opção de compra nos próximos seis anos para recuperar essa percentagem.

 

Apesar do avanço do dinheiro colocado pelos fundos de investimento para os 16 milhões de euros, este montante encontra-se 24% abaixo dos 21 milhões de euros aí investidos em Maio, antes de ter sido noticiado que a PT tinha adquirido dívida de 897 milhões de sociedades do Grupo Espírito Santo quando estas se encontravam em fortes dificuldades financeiras. Foi, aliás, essa a razão para a revisão dos termos do acordo de fusão.

 

BCP regressa ao "topo"

 

A PT verificou a forte procura dos fundos mas não chegou ao topo das acções nacionais preferidas. A liderança é ocupada pelo Banco Comercial Português que, depois de ter disparado mais de 50% em Julho, registou um ganho de 9,8% no valor investido nas suas acções para os 30,3 milhões de euros. Volta a ser a acção mais atractiva no mês de resgate ao rival Banco Espírito Santo, o que não acontecia desde Maio. O banco liderado por Nuno Amado representa 9,8% da aplicação em acções nacionais, acima dos 9,4% da Sonae, com 29,1 milhões de euros colocados pelos fundos.

 

Galp, BPI, EDP Renováveis, Mota-Engil e CTT são as restantes acções mais procuradas pelos fundos de investimento, ainda que tenham perdido valor investido em Agosto face ao mês anterior.

 

Aliás, o valor das aplicações em acções de empresas portuguesas baixou 0,1% no mês passado, tendo totalizado 310,6 milhões de euros. Pelo contrário, na aposta em acções estrangeiras, houve um incremento de 1,5% para 938,9 milhões de euros. A Total Efina e o BPN Paribas são as acções preferidas dos fundos nacionais na Europa, a Apple e a Roche as estrangeiras.

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