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Investidores trocam fundos europeus pelos EUA

Os investidores aceleraram os resgates de fundos europeus na última semana, aumentando a exposição a fundos de dívida nos EUA, perante os receios de um Brexit e os baixos retornos oferecidos na dívida europeia.

19 de Fevereiro de 2016 às 13:51
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Os investidores estão a reduzir o seu investimento em fundos de acções e obrigações europeias e a reforçar a exposição a dívida nos EUA. As remunerações negativas na dívida europeia e os receios de um "Brexit" estão a acelerar os resgates.


Os investidores retiraram 1,5 mil milhões de dólares dos fundos de obrigações europeias na semana terminada a 17 de Fevereiro. No mesmo período aplicaram seis mil milhões de dólares nos produtos que investem em títulos de dívida nos EUA, segundo os dados da EPFR, citados pela Bloomberg. Já os fundos de acções europeias registaram a maior onda de resgates desde 2014.


Estes resgates decorrem num momento em que crescem as preocupações em torno de uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia. Além do "Brexit", os investidores estão ainda a procurar retornos mais atractivos do outro lado do Atlântico, perante as taxas negativas em cerca de um terço da dívida europeia.


A turbulência nos mercados financeiros está a ter um impacto negativo nos activos de risco a nível global. As acções mundiais perderam 8,6 biliões de dólares do seu valor desde o final do ano passado.


"Os fundos de obrigações europeias continuam a debater-se com o crescente montante de dívida que oferece taxas de juro negativas, preocupações em torno de dívida de empresas relacionadas com os sectores financeiro e da energia e receios que a recuperação da economia da Zona Euro está a atrasar-se", explica a EPFR.


Os fundos de acções perderam 12 mil milhões de dólares, com os investidores a retirarem quase mil milhões de fundos alemães, o valor mais elevado em nove meses.


Ao contrário das acções e da dívida europeia, os activos de menor risco captaram maior interesse. Os fundos que investem em ouro registaram o maior volume de subscrições em 56 semanas. 

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