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Ano negro para o património dos fundos de pensões

Com os mercados financeiros numa crise sem fim à vista, há mais de um ano, os fundos de pensões não conseguiram evitar a desvalorização do seu património. 2008 posiciona-se para ser um dos piores anos de sempre para a gestão das carteiras. Situação que coloca a revisão das políticas de investimento dos fundos de pensões no topo da lista das prioridades das empresas portuguesas previstas para os próximos dois anos.

28 de Agosto de 2008 às 12:26
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Com os mercados financeiros numa crise sem fim à vista, há mais de um ano, os fundos de pensões não conseguiram evitar a desvalorização do seu património. 2008 posiciona-se para ser um dos piores anos de sempre para a gestão das carteiras. Situação que coloca a revisão das políticas de investimento dos fundos de pensões no topo da lista das prioridades das empresas portuguesas previstas para os próximos dois anos.

Desde 1990 que os fundos de pensões nacionais, que reúnem os fundos fechados das empresas, os fundos abertos e os planos poupança reforma (PPR), não registavam um semestre tão negativo como nos primeiros seis meses deste ano. Foi, sobretudo, a sua exposição aos mercados de acções que acabou por justificar a desvalorização de 3% do seu património, durante este período. A maior num semestre em 18 anos, segundo as estimativas da consultora Mercer.

E apesar da branda recuperação de Julho e Agosto, o regresso das notícias negativas ao sector financeiro e do enfraquecimento da economia não auguram uma melhoria, como salienta Rui Guerra, da Mercer.

Ainda que a gestão do património dos fundos de pensões cumpra objectivos de longo prazo, a perda de valor das carteiras obriga a mudanças na estratégia de investimento seguida. Esta é, justamente, uma das principais questões apontadas pelas empresas portuguesas num inquérito realizado pela Mercer, a nível europeu. Rever as políticas de investimentos dos seus fundos de pensões é uma das maiores alterações assumidas pelas 42 empresas portuguesas inquiridas, as quais representam oito sectores de actividade. A par desta mudança de estratégia, as empresas destacam ainda o aumento do nível de contribuições dos participantes nos fundos de pensões, acompanhado pela melhoria na escala de direitos adquiridos.

Prioridades que, no entanto, contrastam com a gestão dos fundos durante este período de crise. Apesar de alguns ajustes nas carteiras, a distribuição do património pelas diferentes classes de activos (acções, dívida, imobiliário) tem-se mantido relativamente estável, como sublinha o responsável da Mercer. Recuando aos últimos dois anos, o inquérito da consultora revela que 45% das empresas não alteraram as opções de investimento.

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