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UBS desce recomendação da Jerónimo Martins para "vender"

O banco de investimento diz que a retalhista negoceia com um "prémio injustificado face às pares" depois de nos últimos 12 meses ter registado uma valorização superior a 70%.

11 de Outubro de 2010 às 08:35
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A revisão em baixa da recomendação está relacionada com os ganhos recentes da retalhista que ascendeu cerca de 70% nos últimos 12 meses e ultrapassou o ritmo de subidas do PSI-20 e das suas pares. Um desempenho que resulta do “nível de topo da gestão da empresa e do seu forte histórico”, bem como do “domínio do retalho polaco, com maiores retornos e crescimento superior”, refere o UBS.

O Jerónimo Martins negoceia a um preço que leva o valor bolsísta a ser equivalente a 10 vezes o EBITDA estimado para 2011, o que lhe confere um prémio de 40% face às pares. Ao mesmo preço, a retalhista também negoceia a 19 vezes os resultados estimados para 2011, o que implica um prémio de cerca de 35%.

“Mesmo se compararmos a Jerónimo Martins com outras ‘acções de elevado crescimento’, como a Inditex ou a Heinz, não conseguimos justificar o prémio a que a Jerónimo Martins está agora a negociar”, refere a nota de investimentos, a que o Negócios teve acesso.

Estimativas suportam subida do preço-alvo

Apesar da redução da recomendação, os analistas reviram em alta as estimativas para os resultados da cotada liderada por Pedro Soares dos Santos, com o crescimento “sólido” dos volumes em Portugal e a “forte” ampliação das margens na Polónia, bem como a apreciação da divisa polaca (Zloty), a contribuirem positivamente.

Reflectindo um crescimento de 5% das estimativas entre 2010 e 2013 e o prolongamento da validade da estimativa de 2010 para 2011, o preço-alvo subiu de 8,60 euros para 9,30, “não deixando qualquer potencial de valorização à cotada”. A recomendação passou de "neutral" para "vender".

“Acreditamos que a história de crescimento de médio prazo continua intacta, conduzida essencialmente pela crescimento das vendas comparáveis e abertura de lojas na Polónia”, diz a nota de investimento a que o Negócios teve acesso. No entanto, “as condições operacionais em Portugal devem continuar difíceis e os comparáveis deverão tornar-se mais exigentes”, refere.

Os títulos da Jerónimo Martins descem 1,3% para 9,885 euros por acção, depois de na última quarta-feira, dia 6 de Outubro, ter encerrado num valor máximo histórico de 10,015 euros.

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