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Três investimentos que brilham quando os mercados tremem

Janeiro não foi um mês para recordar para os investidores. Mas no meio das quedas houve activos que serviram de porto de abrigo aos investidores.

Um funcionários verifica cigarros da Lambert and Butler, produzidos pela Imperial Tobacco Group. Fotografia: Chris Ratcliffe
Chris Ratcliffe/Bloomberg
30 de Janeiro de 2016 às 10:15
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Quando os mercados tremem, os investidores tentam encontrar refúgio em activos vistos como refúgio. Janeiro foi um mês negativo para a grande maioria dos activos. O sentimento de aversão ao risco foi causado pelas incertezas sobre a China, pelos receios dos impactos das divergências de política monetária entre os EUA e a Zona Euro e pelo cepticismo em relação aos resultados das cotadas norte-americanas. Mas houve activos que permitiram ganhos.

Ouro ganha brilho

Em tempos de instabilidade o metal amarelo tende a ganhar brilho. E foi isso que ocorreu. O valor da onça avança mais de 5% para 1117 dólares, a maior subida mensal em 12 meses. Os analistas atribuem a recuperação do ouro aos receios originados pelas quedas das bolsas. Apesar do desempenho positivo do metal, algumas acções de empresas que exploram este metal precioso tiveram ainda maiores ganhos. A Barrick Gold e a Randgold Resources, por exemplo, ganharam 34% e 14%, respectivamente.



Dívida alemã é refúgio de eleição

É outro clássico em alturas de medo nos mercados. Os investidores tentam sair de activos mais arriscados e trocam o investimento para activos mais seguros à espera que o mau tempo nos mercados se dissipe e que voltem a surgir oportunidades. Em Janeiro voltou a assistir-se a uma procura por dívida alemã. Além de ser vista como um refúgio, as obrigações germânicas estão ainda a ser beneficiadas pela expectativa de mais estímulos do BCE. Alguns economistas esperam que o banco central aumente o ritmo de compras de dívida soberana, o que também beneficiou as "bunds", sobretudo nos prazos mais longos. A 30 anos, o valor das obrigações alemãs subiu mais de 10%, com os juros a recuarem para 1,054%.



O refúgio no tabaco

Entre os sectores presentes no índice da Bloomberg que mede o desempenho das bolsas mundiais, o da agricultura tem o melhor desempenho. Mas analisando os desempenhos nesse sector, a conclusão é que as acções que mais contribuíram para as subidas são tabaqueiras. Estas cotadas são vistas como sendo defensivas, já que tendem a ter balanços fortes e a ser generosas na distribuição de dividendos. Apesar do aperto da legislação e das vendas, o sector tem vivido uma fase de fusões e aquisições, o que tem animado as acções. É o caso da britânica Imperial Tobacco, que tem participado neste jogo da consolidação, e da norte-americana Reynolds Tobacco. 

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