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Taxas máximas nos cartões de crédito fixam novo mínimo histórico

O Banco de Portugal divulgou o valor das taxas máximas a praticar no crédito ao consumo, nos primeiros três meses de 2016. Estas taxas desceram na maior parte dos segmentos.

Reuters
10 de Dezembro de 2015 às 15:49
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É nos cartões de crédito e facilidades de descoberto que as taxas de juro são mais elevadas. Contudo, vão voltar a descer no próximo trimestre, atingindo o valor mais baixo desde que o Banco de Portugal começou a divulgar as taxas máximas a praticar no crédito ao consumo. Já são menos de metade do que eram no final de 2012.


No primeiro trimestre do próximo ano, a taxa anual de encargos efectiva global (TAEG) máxima a praticar nos cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto será de 17,9%, abaixo dos 18,4% praticados no actual trimestre. Esta taxa está em queda há treze trimestres consecutivos, tendo voltado a atingir o valor mais baixo desde que o supervisor começou a publicar estas taxas em Janeiro de 2010.


Além disso, esta taxa é agora menos de metade dos 37,3% que chegou a atingir no final de 2012. Um valor elevado e que justificou a alteração na fórmula de cálculo das taxas máximas. Até 1 de Julho de 2013,as taxas máximas correspondiam às TAEG médias praticadas pelas instituições de crédito no trimestre anterior, nos diferentes tipos de contratos, acrescidas de um terço. A partir do terceiro trimestre de 2013, as TAEG médias praticadas pelas instituições de crédito no trimestre anterior passaram a ser acrescidas de um quarto e nenhuma taxa pode ainda ultrapassar em 50% a TAEG média da totalidade dos contratos de crédito aos consumidores celebrados no trimestre anterior.


Também no crédito pessoal com finalidade (educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos) a taxa média a praticar pelas instituições financeiras vai descer de 5,4% para 5,3%. Já nos empréstimos sem finalidade específica vai manter-se nos 14,8%.


No que diz respeito ao financiamento automóvel, à excepção da modalidade com reserva de propriedade e outros nos veículos novos em que a taxa máxima se mantém nos actuais 10,5%, nos restantes segmentos, a taxa máxima vai diminuir. No caso dos veículos usados, diminui de 13,2% para 13%. Na locação financeira ou ALD de automóveis novos cede de 6,2% para 6,1%, enquanto no caso dos automóveis usados recua de 7,7% para 7,4%.

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