A possível substituição de Pina Moura na pasta das Finanças poderá ser benéfica para a Bolsa nacional, sobretudo para os títulos da Cimpor, dado que foi o principal responsável, segundo um operador, pelo arrastar da privatização da cimenteira.

O processo de privatização da Cimpor [CIMP] tem gerado muita polémica, dado que o único concorrente, a construtora Teixeira Duarte, violou o limite de 10% que uma empresa pode ter na cimenteira sem autorização do Ministro das Finanças.

A segunda maior construtora nacional fez-se representar na assembleia da geral (AG) de hoje com 24.635.868 acções da Cimpor, o que corresponde a uma participação de 18,33% do capital da cimenteira.

O Grupo nacional Semapa, a francesa Lafarge, a suiça Holderbank, e a mexicana Cemex encontravam-se entre os principais interessados à privatização da maior cimenteira nacional, antes do Governo ter estabelecido as condições da privatização dos 10,049% que o Estado ainda detém na empresa, entre as quais um preço mínimo unitário de 30,40 euros (6.095 escudos).

A cotação da empresa liderada por Sousa Gomes desvalorizou desde então mais de 40%, face ao máximo de 36,66 euros (7.350 escudos) atingidos em Abril deste ano.

Pina Moura dá conferência de imprensa depois de aprovado OR

Fonte oficial do Ministério das Finanças confirmou ao Negocios.pt a realização de uma conferência de imprensa, a ter lugar após a discussão do Orçamento rectificativo, onde Pina Moura deverá anunciar a sua saída do Governo.

Segundo a Sic Notícias será Oliveira Martins, actual ministro da Presidência, o futuro ministro das Finanças.

A Cimpor valorizava 2,72% para cotar nos 23,01 euros (4.613 escudos).