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Subida da Brisa insuficiente para travar queda da bolsa

A Euronext Lisbon terminou em queda de 0,81%, pressionada pelas acções da EDP que deslizaram quase 2%, um dia depois de António Mexia ter defendido a manutenção do Estado na eléctrica. A Brisa destacou-se pela positiva com uma valorização de 3,4%. Os anal

07 de Junho de 2007 às 16:43
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A Euronext Lisbon terminou em queda de 0,81%, pressionada pelas acções da EDP que deslizaram quase 2%, um dia depois de António Mexia ter defendido a manutenção do Estado na eléctrica. A Brisa destacou-se pela positiva com uma valorização de 3,4%. Os analistas dizem que a entrada dos australianos aumenta o ângulo especulativo do papel.

O PSI-20 [PSI20] terminou a cotar nos 12.709,50 pontos, com 15 cotadas em queda, três inalteradas e as restantes duas a valorizarem.

Em dia de feriado, as 20 empresas do compõem o índice negociaram mais de 400 milhões de euros.

As restantes bolsas na Europa também foram bastante penalizadas, em reacção ao anúncio da subida dos juros por parte do BCE e às indicações de novos aumentos até ao final do ano. Juros mais altos podem penalizar sobretudo as empresas mais endividadas junto á banca.

A Energias de Portugal (EDP) [EDP] deslizou 1,94% para os 4,04 euros, um dia depois de António Mexia ter dito à Reuters que a manutenção da actual posição do Estado na EDP seria fundamental para a estabilidade accionista.

Os analistas do BPI dizem que perante este cenário, "será difícil haver uma nova fase de privatização que venha a resultar numa estrutura accionista instável". Ou seja, as especulações de fusões e aquisições esvaneceram.

A pressionar a bolsa esteve também o Banco Espírito Santo (BES) [BESNN] que deslizou 1,61% para os 16,47 euros e o Banco BPI [BPIN] que recuou 2% para os 6,38 euros.

O Banco Comercial Português (BCP) [BCP] escorregou 0,29% para os 3,47 euros, depois da Brisa ter anunciado que o fundo de pensões do banco saiu do capital da concessionária de auto-estradas com um encaixe de 562,6 milhões de euros.

Brisa lidera ganhos na bolsa

O BCP vendeu os 9,71% que detinha na Brisa através do seu fundo de pensões. O grupo José de Mello adquiriu esta tranche, mas alienou 10% da Brisa aos australianos da Hidroeléctrica Dornelas, ficando com cerca de 30% da concessionária.

A Brisa [BRISA] foi de resto a grande estrela do dia, ao valorizar 3,4% para os 10,04 euros, com os analistas a avançarem que a entrada dos australianos poderá aumentar o ângulo especulativo do título.

A ES Research afirma que a transacção "poderá aumentar o ângulo especulativo do título, já que é uma outra operadora de infra-estruturas a entrar no capital".

O BPI afirma que esta transacção "vai ser interpretada pelo mercado como uma antecipação ou aceleração de cenários de fusões", e acrescenta que a entrada da Dornelas,  "é uma fonte de pressão sobre a Abertis" que também controla cerca de 10% da Brisa. A Merrill Lynch diz que uma fusão com a Abertis já foi "amplamente especulada no passado".

Do lado dos ganhos na bolsa, destacou-se ainda a Galp Energia [GALP PL] com uma valorização de 0,43% para os 9,36 euros. A aproximação da data de pagamento dos dividendos de 2006 tem estado a ajudar o desempenho do título. A petrolífera começa a remunerar os seus accionistas a partir de 19 de Junho.

A Portugal Telecom (PT) [PTC] permaneceu inalterada nos 10,00 euros e a Sonae SGPS [SON] caiu 2,88% para os 2,02 euros.

A Cimpor [CIMP] que ontem anunciou a compra da Cimentaçor e da Betão Liz à Secil, por um total de 11,64 milhões de euros, resvalou hoje 2,03% para os 6,77 euros.

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