Wall Street arrancou a semana em terreno misto, com dois dos principais índices norte-americanos a conseguirem inverter a tendência de queda registada na semana passada. Isto acontece numa altura em que os investidores aguardam com expectativa os resultados da Nvidia – a maior empresa em termos de capitalização bolsista do mundo.

O industrial Dow Jones foi o único dos três principais índices norte-americanas a registar perdas, ao recuar 0,13%, para 43.389,60 pontos. Por sua vez, o Standard & Poor’s 500 avançou 0,39% para 5.893,62 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 0,61% para 18.793,44 pontos.

A Nvidia apresenta contas ao mercado esta quarta-feira, num momento crucial para o setor dos semicondutores. Os investidores vão estar atentos aos resultados da cotada para perceber se o otimismo em torno da inteligência artificial (IA) – a grande responsável pelo "rally" das tecnológicas este ano – é sustentável ou, apenas, sol de pouca dura.

As ações da fabricante de semicondutores norte-americana encerraram a sessão a desvalorizar 1,29% para 140,15 dólares, depois de ter sido noticiado que os "chips" de IA da empresa estariam a registar problemas de desempenho, ao sobreaquecerem servidores. 

No entanto, a estrela da sessão foi mesmo a Tesla. As ações da  fabricante de automóveis têm vindo a beneficiar da relação entre Donald Trump e Elon Musk, mas esta segunda-feira encontraram um novo catalisador: a equipa de transição do republicano estará a tentar flexibilizar as regras regulatórias do país sobre os carros autónomos. A Tesla encerrou a sessão a disparar 5,62% para 338,74 dólares.

Apesar de os três principais índices norte-americanos terem corrigido de uma boa parte dos ganhos que registaram após a vitória de Trump, Wall Street continua a encaminhar-se para um ano com um saldo bastante positivo. Só este ano, tanto o S&P 500 como o Nasdaq Composite já avançaram mais de 25%, enquanto o Dow Jones regista uma valorização mais modesta de 15%. Mesmo assim, os ganhos são muito mais expressivos que os do principal índice europeu, que subiu apenas cerca de 5% em 2024, até agora.