Notícia
Sonaecom apresentou "conjunto de resultados muito forte"
Os resultados da operadora da Sonaecom foram "sólidos" e "bastante positivos", consideram os analistas que seguem a cotada. Os números ficaram "significativamente" acima do previsto. A Optimus destaca-se pela disciplina nos custos e pela redução das receitas.
Receitas, EBITDA e resultado líquido: três indicadores em que a Sonaecom conseguiu surpreender os analistas nos primeiros três meses do ano.
“A Sonaecom divulgou um conjunto de resultados muito forte, superando as nossas estimativas e o consenso das previsões em todos os principais aspectos”, começa por escrever a casa de investimento do BPI na nota de “research” de hoje.
O volume de negócios da empresa sob o comando de Ângelo Paupério (na foto) caiu 6,2% para os 202,5 milhões de euros, e o EBITDA subiu para 60,3 milhões. O BPI Equity Research apontava para uma quebra do resultado líquido para os 9,8 milhões de euros e o consenso dos analistas apontava para os 11,2 milhões. Contudo, o lucro aumentou para 17 milhões de euros (crescimento de 24%), resultando de uma mais elevada rendibilidade e de alterações nos cálculos contabilísticos, escreve o BPI. A casa de investimento continua a atribuir uma recomendação de “compra” para a cotada.
“Estes resultados mostram mais um trimestre positivo para a empresa e uma performance muito resiliente da Sonaecom, com melhorias a nível da sua estrutura de custo”, considera o CaixaBI, na nota de “research” diária hoje divulgada. A casa de investimento aconselha “comprar” títulos da empresa, atribuindo um “preço-alvo” de 1,70 euros.
É “um bom começo para um ano difícil” intitula o Millennium investment banking, de acordo com a nota a que o Negócios teve acesso.
Optimus com menos receitas, mas melhor margem de EBITDA
A Optimus foi o principal motor do crescimento da Sonaecom nos primeiros três meses do ano. Apesar disso, as receitas caíram 3,3% –“mostrando uma pior tendência do que no trimestre anterior, dado que as medidas de austeridade actuam sobre o consumo”, segundo o Millennium ib.
A margem de EBITDA continua a expandir-se “a um bom ritmo” (subida de quatro pontos percentuais para 42,1%), segundo a analista do Millennium Alexandra Delgado, que recomenda “comprar” acções da empresa com um “target” de 2 euros. Já o BESI escreve que a “Optimus ainda mostra uma muito forte disciplina de custos”.
“Os resultados da Optimus sugerem que o mercado móvel português permanece sob pressão, apesar de o ritmo de descida parecer estar a estabilizar, depois da forte quebra no quarto trimestre de 2011”, salienta o analista do JPMorgan Casezone.
Com recomendação de “comprar” e “target” de 2,1 euros, a casa de investimento do BES salienta que o rácio de dívida líquida sobre o EBITDA da Sonaecom fixou-se em 1,6 vezes, “o que ainda deixa a empresa numa situação relativamente confortável em termos de alavancagem”.
“Em termos de ‘cash flow’, como esperado, o desempenho foi afectado pelo pagamento do espectro 4G (83 milhões de euros) mas também pelo efeito negativo do pagamento de IVA (8,8 milhões), que a empresa espera recuperar no segundo trimestre de 2012”, escreve o analista Nuno Matias, do BESI.
Manter tendência no resto do ano
No curto prazo, o Santander, que reiterou a recomendação de “comprar” para a Sonaecom, prevê uma reacção positiva dos títulos. “A empresa continua a ser capaz de compensar as pressões devido ao fraco consumo privado português com o corte de custos”, escreve Fernando Cordero Barreira, com um “target” de 1,50 euros.
“O desafio da empresa será conseguir manter esta tendência positiva ao longo de 2012”, assinala Guido Varatojo dos Santos, do CaixaBI.
Já Daniel Morris, do JPMorgan Cazenove, considera que as subidas nas previsões da maioria dos analistas deverão ser “moderadas” após a apresentação de resultados. A recomendação é, neste caso, “overweight”.
Os títulos da empresa liderada por Ângelo Paupério sobem, na bolsa de Lisboa, 1,24% para negociarem nos 1,225 euros, numa altura em que a Zon perde terreno e a PT negoceia inalterada. As acções já chegaram a valorizar mais de 3% no dia de hoje para valores que não eram registados desde os primeiros dias de Abril.
Nota: A notícia não dispensa a consulta das notas de “research” emitidas pelas casas de investimento, que poderão ser pedidas junto das mesmas. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento, deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
“A Sonaecom divulgou um conjunto de resultados muito forte, superando as nossas estimativas e o consenso das previsões em todos os principais aspectos”, começa por escrever a casa de investimento do BPI na nota de “research” de hoje.
“Estes resultados mostram mais um trimestre positivo para a empresa e uma performance muito resiliente da Sonaecom, com melhorias a nível da sua estrutura de custo”, considera o CaixaBI, na nota de “research” diária hoje divulgada. A casa de investimento aconselha “comprar” títulos da empresa, atribuindo um “preço-alvo” de 1,70 euros.
É “um bom começo para um ano difícil” intitula o Millennium investment banking, de acordo com a nota a que o Negócios teve acesso.
Optimus com menos receitas, mas melhor margem de EBITDA
A Optimus foi o principal motor do crescimento da Sonaecom nos primeiros três meses do ano. Apesar disso, as receitas caíram 3,3% –“mostrando uma pior tendência do que no trimestre anterior, dado que as medidas de austeridade actuam sobre o consumo”, segundo o Millennium ib.
A margem de EBITDA continua a expandir-se “a um bom ritmo” (subida de quatro pontos percentuais para 42,1%), segundo a analista do Millennium Alexandra Delgado, que recomenda “comprar” acções da empresa com um “target” de 2 euros. Já o BESI escreve que a “Optimus ainda mostra uma muito forte disciplina de custos”.
“Os resultados da Optimus sugerem que o mercado móvel português permanece sob pressão, apesar de o ritmo de descida parecer estar a estabilizar, depois da forte quebra no quarto trimestre de 2011”, salienta o analista do JPMorgan Casezone.
Com recomendação de “comprar” e “target” de 2,1 euros, a casa de investimento do BES salienta que o rácio de dívida líquida sobre o EBITDA da Sonaecom fixou-se em 1,6 vezes, “o que ainda deixa a empresa numa situação relativamente confortável em termos de alavancagem”.
“Em termos de ‘cash flow’, como esperado, o desempenho foi afectado pelo pagamento do espectro 4G (83 milhões de euros) mas também pelo efeito negativo do pagamento de IVA (8,8 milhões), que a empresa espera recuperar no segundo trimestre de 2012”, escreve o analista Nuno Matias, do BESI.
Manter tendência no resto do ano
No curto prazo, o Santander, que reiterou a recomendação de “comprar” para a Sonaecom, prevê uma reacção positiva dos títulos. “A empresa continua a ser capaz de compensar as pressões devido ao fraco consumo privado português com o corte de custos”, escreve Fernando Cordero Barreira, com um “target” de 1,50 euros.
“O desafio da empresa será conseguir manter esta tendência positiva ao longo de 2012”, assinala Guido Varatojo dos Santos, do CaixaBI.
Já Daniel Morris, do JPMorgan Cazenove, considera que as subidas nas previsões da maioria dos analistas deverão ser “moderadas” após a apresentação de resultados. A recomendação é, neste caso, “overweight”.
Os títulos da empresa liderada por Ângelo Paupério sobem, na bolsa de Lisboa, 1,24% para negociarem nos 1,225 euros, numa altura em que a Zon perde terreno e a PT negoceia inalterada. As acções já chegaram a valorizar mais de 3% no dia de hoje para valores que não eram registados desde os primeiros dias de Abril.
Nota: A notícia não dispensa a consulta das notas de “research” emitidas pelas casas de investimento, que poderão ser pedidas junto das mesmas. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento, deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.