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Société Générale: Maioria das acções mundiais já está em bear market

A trajectória de contracção em mais de 20% do valor dos títulos, desde o último pico das passadas 52 semanas, é uma realidade comum a cotadas e índices nas mais diferentes geografias, aponta o Société Générale.

Bloomberg
10 de Dezembro de 2018 às 17:36
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São vários os índices e os títulos a nível global que já entraram em bear market, sendo este o caso de mais de metade - 52% - das empresas cotadas no MSCI World Index, assinala o Société Générale, citado pela Bloomberg.

 

No caso de esta vaga de quedas se vir a comparar às verificadas em 2011 e entre 2015 e 2016, a percentagem de cotadas a nível mundial com uma desvalorização igual ou superior a 20%, desde o último pico num período de 52 semanas, poderá ascender a dois terços.

 

"Já há algum tempo que os investidores de títulos accionistas se têm vindo a preocupar com o leque de questões macroeconómicas; até agora, só o mercado accionista dos Estados Unidos as estava a ignorar", escreve o chefe de estratégia quantitativa global da casa de investimento, Andrew Lapthorne.

 

A última das principais bolsas europeias a entrar em bear market foi a alemã, para a qual 2018 foi o pior ano nos mercados desde 2008. Na última quinta-feira, dia 6 de Dezembro, a gigante europeia viu a maior queda desde meados de 2016, a qual a levou a bear market – já perdeu mais de 20% desde o pico atingido a 23 de Janeiro deste ano. A bolsa de Berlim foi contagiada pelo movimento de sell-off global, numa altura em que as tensões políticas tanto no Velho Continente como entre os Estados Unidos e a China baixam as defesas da economia germânica, muito assente nas exportações e na indústria automóvel. Os profit warnings têm-se acumulado e alimentado o pessimismo dos investidores. 

 

Entre as principais praças da Europa, para além da alemã, também a espanhola e a italiana - sendo que estas duas últimas já apresentaram, inclusivamente, perdas mais pronunciadas em Outubro, não tendo superado os 25%. Para já, as restantes bolsas europeias - incluindo o índice de referência português, o PSI-20 - registam desvalorizações inferiores a 20% desde os respectivos picos, com quebras que se situam, contudo, em torno da fasquia dos 15%.

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