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Sebastião Lancastre: “Portugal tem uma solução pouco ambiciosa” para a diretiva dos pagamentos

A SIBS não contactou as fintech para fazerem parte da sua plataforma de “open banking”, que vai permitir a aplicação das novas regras da PSD 2, a nova diretiva dos pagamentos.

19 de Março de 2019 às 12:01
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A SIBS anunciou, há três semanas, o lançamento da "SIBS API Market", a plataforma que permite a aplicação da nova diretiva dos pagamentos, a PSD 2. Mas esta plataforma é apenas composta pelos bancos, sublinha Sebastião Lancastre. Por isso, defende o CEO da Easypay, "Portugal tem uma solução pouco ambiciosa" neste domínio.

 

Numa sessão de esclarecimento aos jornalistas sobre API e a PSD 2, Sebastião Lancastre alertou que as "fintech" não fazem parte da plataforma da SIBS. "Acho isso gravíssimo. Dizemos que temos uma postura colaborativa e depois fazemos o contrário. Queremos transmitir que somos ‘open’ (abertos), mas o que temos é fechado", realçou.

 

O CEO da "fintech" revelou que não teve nenhum contacto por parte da SIBS.

 

Sebastião Lancastre considerou que um exemplo positivo é o do Reino Unido onde o Governo deu à autoridade da concorrência a responsabilidade de trabalhar este tema. Em Portugal, o governo delegou nos bancos, que delegaram na SIBS. 

 

Esta situação "prejudica-nos, tira-nos competitividade porque as ‘fintech’ são o motor da inovação", defendeu. 

 

A plataforma da SIBS vai permitir o acesso a 95% das contas abertas em Portugal, "mas já não podemos fazer soluções apenas para Portugal", acrescentou o CEO da Easypay. 

 

Para Sebastião Lancastre, isto acontece porque "os bancos ainda estão cheios de problemas" e o "que tentámos foi fechar o mercado em oposição a abri-lo". 

 

"A Europa fica mais competitiva e Portugal fecha-se em copas", concluiu. 

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