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SaeR: “Rating” não solicitado tem menos força

O presidente da Saer (Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco) e da agência de 'rating' internacional ARC, José Poças Esteves, afirmou hoje que um 'rating' não solicitado "tem menos força" porque é sustentado em menos informação.

Bruno Simão/Negócios
06 de Fevereiro de 2014 às 15:35
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Questionado sobre a decisão da agência de notação financeira Standard and Poor's de manter o seu 'rating' a Portugal numa base não solicitada, depois do Governo português ter decidido suspender o contrato com a empresa, Poças Esteves salientou que "um 'rating' solicitado é muito diferente de um não solicitado".

 

Segundo explicou, o 'rating' solicitado é construído com base na informação dada pelo cliente, muitas vezes confidencial, o que não acontece quando a avaliação não é solicitada.

 

"O principal papel do 'rating' é eliminar a assimetria da informação, ou seja, todos têm a mesma informação, o emitente, o emissor, os intermediários. Se não for solicitado, a assimetria não é eliminada, porque por mais informação que um país publique, nunca dá toda a informação", referiu.

 

Por isso, sublinhou, "o 'rating' solicitado tem uma validade e uma força muito superior a um 'rating' não solicitado".

 

Numa nota divulgada na terça-feira no seu 'site', a Standard and Poor's explicou que vai continuar a avaliar Portugal numa base não solicitada, afirmando ter "acesso a informação pública suficiente e de qualidade confiável para apoiar" esta análise e porque acredita que "há um interesse significativo do mercado neste 'rating' não solicitado."

 

A 17 de janeiro, a agência de notação financeira retirou a observação negativa do risco da dívida portuguesa ('creditwatch' negativo), mas manteve uma perspectiva negativa devido a riscos de instabilidade política e social, tendo mantido também o 'rating' atribuído, de 'BB'.

 

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