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Revisão em alta do défice grego arrasta bolsas europeias

As bolsas europeias fecharam em terreno negativo no dia em que o Eurostat divulgou os défices excessivos da Zona Euro, nomeadamente o grego que foi revisto em alta de 12,7% para 13,6%.

22 de Abril de 2010 às 17:55
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As bolsas europeias fecharam em terreno negativo no dia em que o Eurostat divulgou os défices excessivos da Zona Euro, nomeadamente o grego que foi revisto em alta de 12,7% para 13,6%.

No conjunto dos 16 países que partilham a moeda, o défice orçamental chegou aos 6,3% do PIB, contra os 2% registados em 2008, divulgou hoje gabinete de estatísticas comunitário, o Eurostat, na primeira notificação de défices excessivos. Já no conjunto dos 27 Estados da União Europeia, o défice orçamental ascendeu a 6,8% em 2009, subindo dos 2,3% registados no ano anterior.

O principal índice da bolsa grega desceu assim mais de 4%, registando a maior queda desde 9 de Fevereiro. Para ajudar, a agência de notação financeira reduziu hoje o “rating” da dívida grega para “A3”, de “A2”, e admite voltar a fazê-lo. Aliás, a agência diz mesmo que é “improvável que o ‘rating’ seja mantido em ‘A3’”.

A Grécia surge, assim, com o segundo maior défice orçamental, de 13,6%, seguida do Reino Unido que apresenta um saldo negativo das contas públicas de 11,5%. Logo, abaixo surge a vizinha Espanha, com um buraco orçamental de 11,2%.

Estes dados pressionaram não apenas a bolsa grega mas também as restantes praças europeias. O Europe Stoxx 600 depreciou 1% para 265,64 pontos. Desde o inicio do ano, o índice já caiu 4,6%.

“O mercado está a reagir fortemente ao aumento dos défices dos países da Zona Euro, que se tornou pior do que ao esperado”, afirmou o economista chefe do Assenagon Gmbh, em Munique.

A contribuir para a queda das bolsas, estiveram também os lucros da Nokia que ficaram aquém do esperado, no primeiro trimestre. A maior fabricante de telemóveis obteve um lucro de 349 milhões de euros, enquanto que os analistas previam receitas no valor de 409,6 milhões de euros.

As acções da Nokia afundaram 14% para 9,655 euros, a maior queda desde Julho.

A pressionar as bolsas europeias esteve ainda o sector da banca que caiu mais de 2,7%.

O Credit Suisse caiu 4,5% para 51,70 francos suíços depois do banco ter reportado o aumento das receita de negociação da dívida, para 2.66 mil milhões de francos no primeiro trimestre, o que compara com a previsão de 815 milhões de francos, feita há três meses atrás.

Os bancos gregos Alpha Bank e o Piraeus Bank estiveram também a perder.

O Alpha Bank perdeu 5,8% para 5,90 euros e o Piraeus Bank recuou 5,2% para 5,64 euros.

O grego FTSE/ASE20 teve a maior queda dos restantes pares, ao ter depreciado 4,39% para 907,21 pontos, com a banca a pressionar.

O espanhol IBEX recuou 2,19 para 1.0821,90 pontos. O inglês FTSE perdeu 1,025% para 5665,33 pontos. O francês CAC depreciou 1,33% para 3924,65 pontos.

O DAX desvalorizou 0,99% para 6168,72 pontos. O AEX depreciou 0,66% para 351,31 pontos.

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