Notícia
Reserva Federal norte-americana foi alertada para problemas com Libor
A Fed de Nova Iorque tinha conhecimento, pelo menos desde o final de 2007, que algo de errado se passava com a taxa de referência Libor.
A Reserva Federal de Nova Iorque, a mais influente das 12 reservas federais dos Estados Unidos, foi avisada de potenciais problemas a envolver o Barclays e a taxa Libor.
“No contexto da nossa monitorização de mercado que se seguiu à emergência da crise financeira, no final de 2007, envolvendo milhares de chamadas e de e-mails com intervenientes do mercado durante um largo período de meses, recebemos alguns relatórios do Barclays relativos a problemas com a Libor”, indicou uma declaração da porta-voz da Fed de Nova Iorque, Andrea Priest, citado pelas agências de informação internacionais.
Como salienta a Reuters, a divulgação de que a Fed tinha sido alertada para estes “problemas”, que conduziram a um “escândalo” na banca britânica, levanta dúvidas sobre se as autoridades actuaram para combater as preocupações em torno da fixação da taxa Libor, uma congénere da Euribor que indica o custo médio a que os bancos estão dispostos a pedirem dinheiro emprestado a outros bancos.
“Na Primavera de 2008, depois da falência do Bear Stearns e pouco antes do primeiro relatório dos media sobre este tema, investigámos o Barclays e a forma como a fixação da Libor estava a ser conduzida”, acrescenta o comunicado da Reserva Federal norte-americana.
Nesse sentido, a entidade presidida por William Dudley, segundo indica a própria, partilhou com as autoridades britânicas competentes “análises e sugestões para a reforma da Libor”.
Parlamentares norte-americanos querem analisar contactos entre Fed e Barclays
Ao mesmo tempo, há deputados norte-americanos que, a par da investigação parlamentar britânica, querem saber até que ponto a Fed sabia da situação. Um parlamentar, o republicano Randy Neugebauer, solicitou ao presidente da Fed de Nova Iorque os transcritos das comunicações entre o banco e o Barclays sobre a Libor, segundo a Bloomberg.
A investigação por parte de autoridades americanas e britânica já levou a uma revolução no Barclays. O presidente executivo, Robert Diamond, demitiu-se, depois de também o “chairman” Marcus Agius ter anunciado a intenção de sair do cargo (que será feito quando encontrar alguém para substituir a administração e direcção do banco). O banco assumiu ter cometido ilegalidades na fixação da taxa Libor, que resulta da combinação de taxas indicadas por vários bancos com presença no mercado londrino.
O Barclays é apenas um dos bancos investigados no caso da manipulação da taxa Libor em proveito próprio. Os bancos estariam, durante a crise financeira do final da década passada, a apontar taxas mais baixas do que aquelas que estavam a enfrentar, de modo a encobrir a difícil situação que já viviam na época.
“No contexto da nossa monitorização de mercado que se seguiu à emergência da crise financeira, no final de 2007, envolvendo milhares de chamadas e de e-mails com intervenientes do mercado durante um largo período de meses, recebemos alguns relatórios do Barclays relativos a problemas com a Libor”, indicou uma declaração da porta-voz da Fed de Nova Iorque, Andrea Priest, citado pelas agências de informação internacionais.
“Na Primavera de 2008, depois da falência do Bear Stearns e pouco antes do primeiro relatório dos media sobre este tema, investigámos o Barclays e a forma como a fixação da Libor estava a ser conduzida”, acrescenta o comunicado da Reserva Federal norte-americana.
Nesse sentido, a entidade presidida por William Dudley, segundo indica a própria, partilhou com as autoridades britânicas competentes “análises e sugestões para a reforma da Libor”.
Parlamentares norte-americanos querem analisar contactos entre Fed e Barclays
Ao mesmo tempo, há deputados norte-americanos que, a par da investigação parlamentar britânica, querem saber até que ponto a Fed sabia da situação. Um parlamentar, o republicano Randy Neugebauer, solicitou ao presidente da Fed de Nova Iorque os transcritos das comunicações entre o banco e o Barclays sobre a Libor, segundo a Bloomberg.
A investigação por parte de autoridades americanas e britânica já levou a uma revolução no Barclays. O presidente executivo, Robert Diamond, demitiu-se, depois de também o “chairman” Marcus Agius ter anunciado a intenção de sair do cargo (que será feito quando encontrar alguém para substituir a administração e direcção do banco). O banco assumiu ter cometido ilegalidades na fixação da taxa Libor, que resulta da combinação de taxas indicadas por vários bancos com presença no mercado londrino.
O Barclays é apenas um dos bancos investigados no caso da manipulação da taxa Libor em proveito próprio. Os bancos estariam, durante a crise financeira do final da década passada, a apontar taxas mais baixas do que aquelas que estavam a enfrentar, de modo a encobrir a difícil situação que já viviam na época.