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Montenegro elege investimento como palavra-chave para 2025 mas avisa que "não existem oásis"
Luís Montenegro diz que só com mais investimento será possível salvar o Estado Social, insiste na "imigração regulada", mas alerta para os riscos de estagnação económica em França e na Alemanha, as guerras comerciais e os conflitos armados.
O primeiro-ministro elegeu o investimento como "palavra-chave" para o novo ano, defendendo que só assim será possível "salvar o Estado social", mas avisou que "não existem oásis" num mundo de "interdependências globais".
Num artigo de Ano Novo publicado no Jornal de Notícias, Luís Montenegro, escreve que "as palavras-chave são investimento, investimento, investimento. Concretizar o investimento público. Estimular o investimento interno, privado e empresarial. Atrair o investimento externo que procura previsibilidade e segurança." Só assim, defende o chefe do Governo será possível "continuar a salvar o Estado social - com ações concretas e construtivas, não com palavras ocas, bloqueios ou medo da mudança."
Depois de elencar várias medidas tomadas durante 2024, como o alívio fiscal e os acordos salariais com setores da administração pública, Montenegro aponta as prioridades para este ano: na saúde, na educação, na transição energética.
No texto, o primeiro-ministro insiste numa "imigração regulada" que não seja "nem de portas fechadas nem de portas escancaradas". Mas também mais habitação com o "maior investimento desde os anos noventa" e o "incentivo a construção de casas a valores moderados, seja para comprar ou arrendar."
E aponta ainda a segurança, um dos "maiores ativos do país, combatendo a criminalidade violenta, o tráfico de droga, mas também a corrupção e a criminalidade económica."
Luís Montenegro deixa, no entanto, um aviso. "Não ignoramos que não existem oásis num Mundo de interdependências globais, quando há um conflito armado que se arrasta em solo europeu, quando as duas principais economias europeias dão sinais de estagnação ou mesmo de recessão, quando guerras militares e comerciais ameaçam colocar em causa a paz e a ordem mundiais", escreve, insistindo que "não ignoramos nada disso."