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REN diz que State Grid, Fidelidade e Red Eléctrica participam no aumento de capital

Já se esperava que o maior accionista da REN, a State Grid, acompanhasse o aumento de capital anunciado pela empresa liderada por Rodrigo Costa. Esta noite, a empresa confirmou a participação da chinesa na operação, bem como a da Fidelidade e da Red Eléctrica Internacional.

17 de Novembro de 2017 às 00:22
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A REN anunciou esta noite, em comunicado à CMVM, que o período de subscrição do aumento de capital irá decorrer entre as 8h30 do dia 23 de Novembro de 2017 e as 15h00 do dia 6 de Dezembro de 2017, pelo que as acções transaccionadas no Euronext Lisbon deixam de conferir o direito a participar na oferta a partir de 21 de Novembro.

 

No mesmo documento, a empresa liderada por Rodrigo Costa avança com nomes de accionistas que vão participar na operação, nomeadamente a State Grid, a Fidelidade e a Red Eléctrica Internacional.

"A REN recebeu compromissos irrevogáveis dos seus acionistas State Grid Europe Limited, Fidelidade – Companhia de Seguros, S.A. e Red Eléctrica Internacional, S.A., que representam um total de aproximadamente 35% do atual capital social da REN, informando que irão exercer os seus direitos de preferência, para subscrição de acções em montante proporcional às suas actuais participações", sublinha o comunicado.

 

Além dos referidos, a REN "não tem confirmação sobre a participação de outros accionistas com participações qualificadas, pelo que no final da oferta os mesmos poderão ter mantido, reduzido ou aumentado as suas participações", esclarece.

Recorde-se que na passada sexta-feira, 10 de Novembro, a administração da REN deliberou o aumento do seu capital social, de 534 milhões de euros para até 667.191.262 euros, através da emissão de até 133.191.262 acções ordinárias, escriturais e nominativas.

 

Essas novas acções terão um valor nominal de um euro cada, ao preço de subscrição unitário de 1,877 euros com um ágio de 0,877 euros por nova acção, com reserva de preferência dos accionistas, no exercício dos respectivos direitos legais de preferência.

 

A cada acção será atribuído um direito de subscrição, com excepção daquelas acções que sejam eventualmente detidas pelo emitente, que não terão qualquer direito de subscrição.

 

No caso de ao número de acções subscritas não corresponder um número inteiro de cêntimos será feito arredondamento por excesso para o cêntimo imediatamente superior, e a diferença constituirá "ágio da emissão", explicou a REN.

 

"As acções inicialmente não subscritas serão objecto de rateio pelos detentores de direitos de subscrição que tenham manifestado intenção de subscrever um número de acções superior àquele a que teriam direito, na proporção do valor das respectivas subscrições, com arredondamento por defeito. O pedido de subscrição adicional deverá ser efectuado conjuntamente com o pedido de subscrição e não é separável deste último".

Este aumento de capital, recorde-se, corresponde a um encaixe financeiro de cerca de 250 milhões de euros.

Na passada segunda-feira, a REN adiantou que tinha recebido, até então, "compromissos irrevogáveis de vários dos seus principais accionistas, que representam cerca de 30% do capital da empresa,  de que iriam acompanhar o aumento de capital".

 

Assim, tendo em conta a estrutura accionista da empresa, foi possível concluir que a State Grid iria participar no aumento de capital, mas ficou em aberto se a Oman Oil acompanharia ou não.

 

Os maiores accionistas, que são os chineses da State Grid, detêm 25% da REN, enquanto a Oman Oil controla 15%. Ambas as participações foram adquiridas à Parpública em 2012 no âmbito da privatização promovida pelo Governo de Passos Coelho.

 

Entre os restantes accionistas da REN que se sabe agora que vão participar na operação, a Fidelidade – que pertence à chinesa Fosun – detém 5,3%, ao passo que a Red Eléctrica Internacional – pertencente ao grupo espanhol Red Eléctrica – possui 5%.

 

Gonçalo Morais Soares, CFO da REN, disse em entrevista ao Negócios estar confiante na aceitação do aumento de capital, que considera estratégico. E, do ponto de vista dos investidores, defendeu que o dividendo da companhia ficará mais atractivo após o reforço de capitais.

No entanto, quando no dia 10 foi anunciado o preço de subscrição, as acções da REN reagiram em forte queda na praça lisboeta, registando o recuo mais acentuado em seis meses. Isto porque esse preço implicava um desconto de 29% face à cotação de fecho desse dia.



(notícia actualizada à 01:22)

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