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“Redução de custos será passada para o mercado”

Em entrevista telefónica, Miguel Athayde Marques, presidente da Euronext Lisbon refere que as sinergias conseguidas pela união entre NYSE e Euronext significarão uma redução de custos para todos os agentes do mercado. E que a operação traz vantagens para

05 de Junho de 2006 às 06:40
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Em entrevista telefónica, Miguel Athayde Marques, presidente da Euronext Lisbon refere que as sinergias conseguidas pela união entre NYSE e Euronext significarão uma redução de custos para todos os agentes do mercado. E que a operação traz vantagens para as cotadas.

Que impacto tem esta fusão no universo Euronext?

Para a Euronext terá impacto porque este é o primeiro mercado verdadeiramente global. Para a bolsa portuguesa e para os seus utilizadores inerentemente terá impacto porque passamos a estar numa situação muito mais globalizada.

Vai manter-se a representação portuguesa no "board" da Euronext?

A representatividade mantém-se, está previsto na proposta e é algo que permite a continuação do modelo federalista da Euronext. Aliás, é esse modelo que possibilita mais consolidação. Já vimos o interesse da Borsa Italiana em juntar-se à Euronext, o que prova que o modelo federalista funciona bem.

E em termos de regulação, haverá mudanças?

Não haverá alterações em termos de regulação. Haverá uma "super-holding" com duas "sub-holdings". A de topo será uma empresa, não uma bolsa, e controlará a Euronext e a NYSE, que continuarão a responder perante os seus actuais reguladores.

A fusão permitirá uma redução de custos. Que significa isto para os investidores?

Esta união permite economias de escala e as eficiências conseguidas serão transmitidas ao mercado. Na bolsa portuguesa pode ver-se que os preços cobrados agora são mais baixos do que antes da integração na Euronext. O que se espera é a continuação desse movimento em que se passam as eficiências para os clientes.

E para as cotadas, quais as vantagens?

As empresas portuguesas terão maior exposição mundial, passam a ser mais conhecidas, e o "pool" de accionistas aumenta, o acesso ao capital torna-se ilimitado. Depois tudo dependerá da atractividade das empresas...

O que tem de fazer uma empresa para estar cotada nos EUA ?

Para já as cotadas portuguesas terão de se sujeitar à regulação norte-americana e seguir os trâmites habituais, ao passo que as dos EUA terão de fazer o mesmo para cotar na Europa.

A Deutsche Börse já disse que vai continuar a "perseguir" a Euronext. Há espaço para essa operação?

É uma proposta alternativa e compatível com esta, para já há um acordo com a NYSE, acordo que prevê uma verdadeira fusão entre iguais e que para os accionistas da Euronext nos parece ser a proposta mais interessante.

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