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Redes sociais em risco de ter perdas multimilionárias em Wall Street

O anúncio após o fecho da bolsa de Wall Street da Snap Inc. poderá gerar perdas graves para as grandes plataformas de redes sociais norte-americanas.

Reuters
24 de Maio de 2022 às 12:46
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As grandes empresas de redes sociais podem perder mais de 100 mil milhões de dólares (94 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual) em valor de mercado. Isto depois do CEO da Snap Inc, Evan Spiegel, ter anunciado que os objetivos de receitas e ganhos não vão ser atingidos este trimestre e a empresa ter caído mais de 30% na negociação "after hours" da bolsa de Wall Street.

Os cálculos da Bloomberg indicam que a dona do Snapchat possa perder 11,4 mil milhões de dólares (11 milhões de euros) em bolsa. Nas transações antes da abertura, a empresa que detém a rede social prepara-se para uma queda intradiária recorde, a afundar mais 29%.

"Neste ponto, consideramos que esta é uma situação macro e não tão específica da Snap", diz Tom Champion, analista da Piper Sandler, citado pela agência financeira. Ou seja, outros gigantes das redes sociais como a Meta (antigo Facebook), a Alphabet (dona da Google) ou mesmo o Twitter e o Pinterest podem ser apanhados nesta teia.

Caso aconteça este efeito de contágio, a queda agregada poderá atingir os 104 mil milhões de dólares (98 mil milhões de euros), refere a Bloomberg. O anúncio de Spiegel vem contribuir para a insegurança que já se vivia no setor, com o número de novos utilizadores a desacelerar e os receios do impacto, no setor, das várias subidas das taxas de juro de referência pela Reserva Federal norte-americana.

Há um amplo consenso em Wall Street sobre a pressão no setor. O analista da RBC Capital Markets, Brad Erickson, explica que a publicidade nestas plataformas tem vindo a diminuir, numa altura em que as recentes alterações de privacidade e novas medidas tomadas pela Apple de restrições de "tracking" dos utilizadores têm dificultado ganhos no segmento, o contrário do que aconteceu nos períodos de confinamento devido à pandemia da covid-19.

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