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Quase 30% dos investidores nacionais aplica dinheiro em criptomoedas, mas contas-poupança lideram

As contas com juros e contas poupanças são os instrumentos favoritos dos investidores portugueses (53%), seguidos das ações (42%) e fundos (35%). Já as criptomoedas estão na cauda da tabela (29%), seguidas do imobiliário (19%) e de outros ativos não especificados (8%).

O “halving” da bitcoin é um dos momentos mais esperados este ano no mercado das criptomoedas.
Dado Ruvic/Reuters
25 de Fevereiro de 2024 às 17:00
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As criptomoedas e os "exchange traded funds" (ETF) ganharam terreno nas poupanças das famílias portuguesas nos últimos tempos, reconheceu o diretor-geral da Xtb, Eduardo Silva, durante a apresentação dos resultados de um inquérito levado a cabo pela plataforma de investimento em Portugal. No entanto, o perfil de risco da maioria dos investidores nacionais ainda é conservador.

"Em termos de perfil, a maioria dos inquiridos indicou serem conservadores ou muito conservadores nos investimentos", revela a plataforma "low-cost", que indica ainda que a "diversificação da carteira de investimentos é uma prioridade", já que "sete em cada 10 investidores preferem diversificar a sua carteira de produtos enquanto os restantes investem em apenas um produto".

As contas com juros e contas poupanças são os instrumentos favoritos dos investidores portugueses (53%), seguidos das ações (42%) e fundos (35%), dos ETF (34%) e da dívida pública (33%), de acordo com as respostas dadas ao inquérito, que contou com a participação de 1.000 pessoas e que foi executado pela Netsonda para a Xtb.

Já as criptomoedas estão na cauda da tabela (29%), seguidas do imobiliário (19%) e de outros ativos não especificados (8%).

Mesmo entre o grupo dos mais jovens (entre os 18 e os 29 anos), as contas-poupança e depósitos lideram a tabela de preferências. Em concreto das 91 pessoas desta faixa etária que participaram no estudo, 65 prefere investir em contas-poupança e depósitos que rendem juros enquanto 36 opta pelas criptomoedas e 34 pelos ETF. Aliás, a faixa etária que mais investe em cripto e ETF está ente os 30 e 44 anos.



Só metade é dada ao investimento. Bancos são os intermediários preferidos

A sondagem dá conta que apenas pouco mais de metade (56%) dos inquiridos revela que já investiu o seu dinheiro. Por outro lado, dos inquiridos que investem, dois em cada cinco refere que faz investimentos de forma recorrente, sendo que metade destes são feitos periodicamente, ou seja, pelo menos mensalmente.

Além disso, cerca de metade dos participantes indicou que investe há mais de três anos. Com os investimentos que realizam, para a maioria dos investidores, a prioridade é assegurar preservação do capital investido.

A grande maioria dos indivíduos (64%) referiu investir até cinco mil euros por ano, enquanto 22% aplica entre 5.000 a 10.000 euros. Já 9% dos inquiridos investe entre 10 mil euros e 30 mil euros, enquanto apenas 3% investe entre 30 mil euros e 60 mil euros. Por fim, só uma pequena fração inferior a 1% investe até 100 mil euros.

Quando o tema é como investir, mais de metade prefere escolher os bancos como intermediários finaceiros (54%), seguidos das corretoras (40%). Quanto ao leques das restantes entidades que podem exercer este papel, apenas 9% opta por consultores financeiros e só 5% prefere recorrer a empresas de valores imobiliários.

Aliás, o inquérito revela que a percentagem de quem prefere investir por conta própria (32%) chega mesmo a ser maior - e por larga margem - do que os preferem escolher estas últimas entidades.
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