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Presidente da Afinsa diz que os selos não estão sobrevalorizados

Depois de ter passado um mês na prisão acusado de burla, branqueamento de capitais e outros delitos, o presidente da Afinsa, Juan António Cano, deu uma entrevista ao «CincoDias» com o objectivo de clarificar a actividade da empresa.

15 de Junho de 2006 às 11:00
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Depois de ter passado um mês na prisão acusado de burla, branqueamento de capitais e outros delitos, o presidente da Afinsa, Juan António Cano, deu uma entrevista ao «CincoDias» com o objectivo de clarificar a actividade da empresa.

Juan António Cano diz que foram «contadas muitas mentiras» sobre este caso e considera que os «selos não estão sobrevalorizados», conforme a acusação que a empresa e a Fórum Filatélico são alvo.

«Não há nenhuma burla, não há burlados, todos os nossos clientes sempre receberam o seu dinheiro nos últimos 25 anos e a empresa cumpriu sempre com os seus compromissos e obrigações legais», afirmou o presidente da Afinsa, empresa espanhola que marca presença em Portugal no negócio de bens tangíveis.

Cano recusou também a acusação de branqueamento de capitais, explicando que todas os anos são remetidos para o Banco de Espanha uma relação pormenorizada de todas as relações comerciais da empresa.

Negou também a acusação da empresa implementar um esquema piramidal, afirmando que estas empresas não têm um negócio efectivo. «Nós temos um negócio sólido que funcionou durante 25 anos», disse.

Acerca da grande diferença entre os preços de compra e de venda dos selos, Cano explicou que a Afinsa compra os selos com descontos atribuídos aos grossistas, com descontos de até 50%, sendo que os selos eram depois vendidos aos clientes a preços de catálogo.

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