O preço do petróleo avançava 4,05% em Londres, com os mercados a recearem uma diminuição da produção acima do esperado nos próximos tempos, numa altura em que a procura tem vindo a dar sinais de crescimento.

O barril de «brent», ou petróleo do Mar do Norte, para entrega em Setembro [CL1], negociava nos 25,97 dólares (29,48 euros ou 5.910 escudos) em Londres, enquanto no mercado à vista, o preço do petróleo valorizava 3,14% para os 25,29 dólares (28,71 euros ou 5.756 escudos).

Em Nova Iorque, o barril de crude para entrega em Setembro [CL1] transaccionava nos 27,75 dólares (29,23 euros ou 5.860 escudos), registando uma valorização de 3,66%.

Os analistas receiam que a oferta de combustíveis não seja suficiente para satisfazer as necessidades do mercado, quando entrar em vigor o corte de 1 milhão de barris diários na produção petrolífera, decretado recentemente pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

Para além do impacto desta medida, os mercados estão na expectativa sobre possíveis abrandamentos na produção por parte das companhias petrolíferas, na tentativa de combater as quedas dos preços.

A anglo-holandesa Royal Dutch Shell, segunda maior petrolífera a nível mundial, anunciou hoje que, até final deste ano, os seus níveis de produção este ano deverão ficar abaixo das estimativas iniciais, que apontavam para um incremento de 5% face ao ano 2000.