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Preços do petróleo sobem mais de 1% em Nova Iorque

Os preços do petróleo seguiam a subir nos mercados internacionais, sustentados pelo apelo do presidente da OPEP, Chakib Khelil, para que os membros do cartel deixem de produzir acima da quota que lhes foi fixada, e também pelas previsões de fortalecimento do furacão Ike, que está prestes a passar pelo Golfo do México, onde se concentra um quinto da produção petrolífera dos EUA.

10 de Setembro de 2008 às 09:33
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Os preços do petróleo seguiam a subir nos mercados internacionais, sustentados pelo apelo do presidente da OPEP, Chakib Khelil, para que os membros do cartel deixem de produzir acima da quota que lhes foi fixada, e também pelas previsões de fortalecimento do furacão Ike, que está prestes a passar pelo Golfo do México, onde se concentra um quinto da produção petrolífera dos EUA.

O West Texas Intermediate (WTI), crude de referência para o mercado dos EUA, seguia a ganhar 1,16% em Nova Iorque, para 104,46 dólares por barril, depois de ontem ter chegado a cair para 102,06 dólares.

Em Londres, o Brent do Mar do Norte subia 0,85%, para 101,19 dólares, depois de ontem ter quebrado – pela primeira vez desde 25 de Março – a barreira dos 100 dólares, ao cotar-se nos 98,89 dólares por barril.

O furacão Ike começou a ganhar força à medida que se aproxima do Golfo do México, estando a direccionar-se para o Texas.

Segundo o National Hurricane Center dos EUA, citado pela Bloomberg, o Ike poderá tornar-se “um grande furacão”. Prevê-se que passe por Nova Orleães e pelos campos “offshore” de crude e gás no Louisiana e que chegue a terra no Texas já na sexta-feira.

“Existe uma forte probabilidade de o Ike ser o pior furacão a atingir o Texas nos últimos 40 anos”, comentou à Bloomberg o director de meteorologia da Weather Underground, Jeff Masters. “Estou a aposta em 50% de hipóteses de já estar na categoria de grande furacão quando atingir terra”, acrescentou.

Por outro lado, a OPEP definiu ontem em Viena um plafond de produção de 28,8 milhões de barris por dia para 11 dos seus 13 membros, e apelou ao fim da sobreprodução, o que também está a sustentar os preços do crude.

Apesar de a quota global ser agora menor – estava fixada em 29,673 milhões de barris por dia para 12 membros, porque o Iraque está inserido num regime definido pela ONU e não tem quota estipulada pela OPEP - , o cartel não procedeu a um corte da produção, mas sim a um ajuste. Com efeito, este novo plafond reflecte a suspensão da Indonésia como membro e está cerca de 500.000 barris diários abaixo da produção efectiva da organização em Julho – altura em que a Arábia Saudita aplicou um aumento unilateral da sua produção exactamente nessa proporção.

A Indonésia, que passou a importadora de crude, já anunciou que vai sair da organização no final do ano. Este país tinha uma quota fixada de 865.000 barris por dia.

Recorde-se que a produção efectiva de Agosto foi de 30,265 milhões, excedendo em quase 600.000 barris o plafond definido, pelo que o presidente da OPEP apelou ontem para que todos cumpram as quotas que lhes são fixadas.

O cartel tinha dado a entender que não mexeria no seu tecto de produção, pois não deseja que os preços subam muito mais. Com efeito, quando atingiu os máximos históricos acima dos 147 dólares a 11 de Julho, o petróleo estava a sofrer de uma menor procura devido aos elevados preços num contexto de desaceleração económica. No entanto, a maioria dos membros tem dado a entender que também não quer que os preços quebrem a fasquia dos 100 dólares.

“Trata-se, decididamente, de uma medida defensiva para manter os preços acima dos 100 dólares por barril”, comentou à Bloomberg um estratega da Hudson Capital Energy, Jonathan Kornafel. “Eles não querem ver o petróleo nos 140 ou 150 dólares, mas também não o querem abaixo dos 100 dólares”, acrescentou.

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