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Portugal precisa de se financiar nos mercados em 14 mil milhões de euros em 2021

O programa de financiamento de Portugal para este ano foi divulgado agora pelo IGCP, entidade que gere a dívida portuguesa. No total, o país precisa de encaixar 14 mil milhões de euros líquidos. Há um leilão marcado já para este mês.

Cristina Casalinho é a presidente do instituto que gera a dívida pública.
Miguel Baltazar
07 de Janeiro de 2021 às 15:19
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Portugal necessita de obter 14 mil milhões de euros líquidos em operações de emissão de dívida durante este ano, de acordo com o programa de financiamento desenhado e divulgado hoje pelo IGCP, a agência que gere a dívida pública do país.

"A estratégia de financiamento para 2021 centrar-se-à na emissão de títulos de dívida pública nos mercados financeiros em euros com realização regular de emissões de obrigações de tesouro (OT), para promover a liquidez e um funcionamento eficiente dos mercados primário e secundário", pode ler-se no documento.

Para isso, está em marcha um plano de emissões de obrigações do Tesouro (OT) na ordem dos 15 mil milhões de euros brutos, que a juntar a outras operações ao longo do ano - como emissão de bilhetes do tesouro (BT), por exemplo - irá preencher as necessidades de financiamento do país e reembolsar a dívida que chega à maturidade.

O IGCP tem já marcados as datas dos leilões de obrigações do Tesouro para o primeiro trimestre, sendo que se realizarão sempre à segunda ou quarta quarta-feira de cada mês.

A primeira acontece a 20 de janeiro, numa emissão dupla com maturidades a seis e doze meses, que pretende arrecadar entre 1.250 e 1.500 milhões de euros. Segue-se outra a a 17 de fevereiro e a 17 de março, com caraterísticas semelhantes. 

Só na operação de 17 de fevereiro é que a maturidade das duas emissões será de 3 e onze meses. O montante indicativo a arrecadar é de entre 1.000 e 1.250 milhões de euros.

Depois deste anúncio, os juros de Portugal a dez anos no mercado secundário reverteram e estão agora a cair 0,7 pontos base para os 0,006%.
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