Notícia
Portugal foi o segundo país da Europa onde os dividendos mais cresceram
O continente europeu foi o que registou mais cortes nos dividendos no segundo trimestre deste ano. Ainda assim, Portugal foi um dos três países em que os acionistas não viram as remunerações encolher. Só a Irlanda conheceu uma subida homóloga maior no montante a ser distribuído.
Portugal foi o segundo país da Europa, excluíndo o Reino Unido, que mais aumentou o valor a ser pago aos acionistas no segundo trimestre deste ano, com uma subida de 1,9% em termos homólogos, de acordo com um estudo da gestora de investimentos Janus Henderson. Numa altura em que quase todos os países do continente cortaram dividendos, em Portugal subiram, mas este desempenho beneficia do efeito cambial, uma vez que o relatório calcula os dividendos em dólares.
Assim, só a Irlanda conseguiu um aumento superior no montante total (7,9%) nos dividendos já corrigido de efeitos de sazonalidade, e excluindo os dividendos extraordinários e os efeitos cambiais. No resto da Europa, para além da Irlanda e Portugal, só a Dinamarca registou também um aumento (+0,8%).
É de notar ainda que a Janus Henderson analisa os dividendos das 1.200 maiores empresas mundiais em capitalização bolsista, mas para a comparação de países inclui também empresas de menor dimensão, calculando o dividendo como uma proporção fixa dos dividendos pagos pelas maiores empresas, o que pode conduzir a algumas distorsões.
O mesmo estudo mostra que o valor a ser pago aos acionistas por parte das maiores empresas em todo o mundo no segundo trimestre deverá sofrer uma queda homóloga entre 17% e 23%, a maior desde a grande crise financeira de 2009, devido ao impacto da atual pandemia. Os dividendos deverão diminuir em 108 mil milhões de dólares para os 382 mil milhões entre abril e junho deste ano, igualando a queda de 2009.
Todas as regiões tiveram uma queda nos dividendos, menos a América do Norte, onde as empresas canadianas se mostram resilientes. Em todo o mundo, 27% das maiores empresas cortaram os seus dividendos. O continente europeu foi o mais afetado, com mais de metade das empresas a optarem por reduzir os pagamentos.
Assim, só a Irlanda conseguiu um aumento superior no montante total (7,9%) nos dividendos já corrigido de efeitos de sazonalidade, e excluindo os dividendos extraordinários e os efeitos cambiais. No resto da Europa, para além da Irlanda e Portugal, só a Dinamarca registou também um aumento (+0,8%).
O mesmo estudo mostra que o valor a ser pago aos acionistas por parte das maiores empresas em todo o mundo no segundo trimestre deverá sofrer uma queda homóloga entre 17% e 23%, a maior desde a grande crise financeira de 2009, devido ao impacto da atual pandemia. Os dividendos deverão diminuir em 108 mil milhões de dólares para os 382 mil milhões entre abril e junho deste ano, igualando a queda de 2009.
Todas as regiões tiveram uma queda nos dividendos, menos a América do Norte, onde as empresas canadianas se mostram resilientes. Em todo o mundo, 27% das maiores empresas cortaram os seus dividendos. O continente europeu foi o mais afetado, com mais de metade das empresas a optarem por reduzir os pagamentos.
Os bancos e outras empresas do setor financeiro que receberam ordens do Banco Central Europeu para parar de pagar dividendos foram responsáveis por metade da redução de 45% na queda dos dividendos do segundo trimestre.
O BCE recomendou os bancos do "velho continente" para suspenderem o pagamento de dividendos pelo menos até ao final deste ano, eliminando as esperanças dos investidores que aguardavam por uma retoma na distribuição já a partir do quarto trimestre.
Em março, a instituição europeia tinha recomendado que o pagamento dos dividendos e prémios ficasse suspenso até 1 de outubro deste ano, mas dadas as condições atuais, resolveu recomendar o congelamento por mais três meses para depois voltar a avaliar a situação, de acordo com a Bloomberg.
Em contraste, os dividendos das empresas de tecnologia, telecomunicações e saúde não foram afetados, com os dividendos a subir 1,8% e 0,1%, respectivamente, em termos homólogos.
O BCE recomendou os bancos do "velho continente" para suspenderem o pagamento de dividendos pelo menos até ao final deste ano, eliminando as esperanças dos investidores que aguardavam por uma retoma na distribuição já a partir do quarto trimestre.
Em março, a instituição europeia tinha recomendado que o pagamento dos dividendos e prémios ficasse suspenso até 1 de outubro deste ano, mas dadas as condições atuais, resolveu recomendar o congelamento por mais três meses para depois voltar a avaliar a situação, de acordo com a Bloomberg.
Em contraste, os dividendos das empresas de tecnologia, telecomunicações e saúde não foram afetados, com os dividendos a subir 1,8% e 0,1%, respectivamente, em termos homólogos.