O petróleo está hoje a corrigir em baixa, na sequência do acordo sobre o gás entre a Rússia e Ucrânia - que pôs fim ao diferendo que ontem fez disparar as cotações do crude.

O contrato de Fevereiro do «brent» do Mar do Norte, crude de referência para a Europa e transaccionado em Londres, perdia 0,57%, estabelecendo-se em 61 dólares por barril. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) cedia 0,78%, para se fixar em 62,65 dólares por barril.

Depois de uma reunião entre os presidentes das empresas estatais russa Gazprom e ucraniana Naftogaz, Moscovo e Kiev chegaram a acordo sobre o preço do gás russo fornecido em 2006. No âmbito do acordo, o preço do gás russo fica fixado em 230 dólares por 1000 metros cúbicos, mas permitirá a Kiev pagá-lo a 95 dólares, uma vez que o receberá misturado com gás da Ásia Central. Será a sociedade mista russo-ucraniana RosUkrREnergo que vai vender o gás da Gazprom à Ucrânia, absorvendo a diferença de preço.

O contrato, válido por cinco anos, permite que a Gazprom consiga os preços que se praticam a nível internacional, como desejava, enquanto a Ucrânia recebe formalmente gás a 95 dólares, contra os 50 dólares que pagava anteriormente.

Na prática, a Gazprom venderá o seu gás à RosUkrREnergo ao preço de 230 dólares por 1000 metros cúbicos, esta última vai misturá-lo com gás proveniente do Turquemenistão, Cazaquistão e Uzbequistão, que chegará a um preço de 95 dólares por 1000 metros cúbicos a Kiev, referiu um porta-voz da Gazprom citado pela Lusa.