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Peso das acções nos fundos atinge máximos do ano

A contínua valorização das bolsas internacionais está a atrair cada vez mais os gestores de fundos para as acções, em detrimento das outras classes.

07 de Dezembro de 2006 às 16:16
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A contínua valorização das bolsas internacionais está a atrair cada vez mais os gestores de fundos para as acções, em detrimento das outras classes.

No mês de Novembro, a exposição dos fundos europeus aos mercados accionistas atingiu os valores mais elevados do ano, enquanto aplicações em obrigações e outros títulos do mercado da dívida baixaram. É esta a conclusão do inquérito mensal realizado pela agência Reuters junto de diferentes sociedades gestoras sedeadas na Europa Continental.

De acordo com a análise, o investimento dos fundos europeus em acções aumentou dos 50,7% registados em Outubro, para os 51,3% no final de Novembro. Trata-se do valor mais alto desde o início do ano. As acções foram mesmo o único activo que ganhou peso nos "porfolios" dos gestores europeus.

Em termos de alocação regional, as acções da América do Norte voltaram a acolher a preferência dos gestores, ao representarem 47,6% das aplicações. No mesmo período, o investimento em acções da Zona Euro manteve-se nos 22,1%, enquanto que nos outros mercados europeus aumentou para os 16,2%.

O inquérito da Reuters revela ainda que a liquidez (depósitos, tesouraria, etc.) foi o único activo a manter-se estável em relação à alocação registada no mês anterior, ao representar 3,2% das aplicações dos fundos em Novembro. Já os activos alternativos caíram para os 2,1%, enquanto que o imobiliário desceu para os 2,6%.

Mas Novembro ficou principalmente marcado por um forte desinvestimento em obrigações, cujo peso nas carteiras dos fundos caiu dos 41,3%, em Outubro, para os 40,9% no final do mês passado. As obrigações atingiram, assim, o valor mais baixo desde Abril. Apesar da subida das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE), os gestores continuam a acreditar que o preço do dinheiro vai manter-se baixo, o que torna os títulos da dívida menos atractivos face às acções que, em vários países, encontram-se a negociar em máximos dos últimos quatro a cinco anos.

Entre os "portfolios" de obrigações, foi na América do Norte que se registou a maior descida das aplicações dos gestores europeus. O peso desta região caiu para 21,8%, enquanto que em Outubro representava 22,4% dos fundos europeus.

Finanças e tecnologias em alta

Os sectores de tecnologias de informação e financeiro foram as principais apostas dos gestores de fundos, durante o mês de Novembro. Segundo o inquérito, o primeiro sector passou a ser o mais representado nas carteiras europeias, com o seu peso a aumentar de 0,60% para 1%. Quanto ao sector financeiro, representou 0,89% das aplicações realizadas no mesmo período.

Além destas duas áreas, os gestores europeus também aumentaram a sua exposição aos sectores das telecomunicações e da saúde. O peso das "telecoms" subiu, em Novembro, para os 0,75%, enquanto que o sector da saúde representou 0,78% dos investimentos dos gestores de fundos.

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