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Otimismo nos mercados está tão elevado que chegou a altura de vender, diz o Bank of America  

As ações têm um peso de 46% nas carteiras dos fundos de investimento, o nível mais elevado desde 2018. As expectativas dos gestores de fundos com a evolução da economia está em máximos de 20 anos. Para o Bank of America estes são sinais que chegou a altura de vender.    

17 de Novembro de 2020 às 14:27
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Os gestores de fundos estão otimistas como nunca se viu este ano, devido aos resultados das eleições nos Estados Unidos e ao progresso nas vacina contra a covid-19, levando o Bank of America (BofA) a concluir que é altura para começar a vender os ativos de maior risco.

 

O inquérito mensal, conduzido entre 6 e 12 de novembro a responsáveis de fundos com mais de 500 mil milhões de dólares em ativos, mostra uma forte subida do otimismo dos investidores nas ações, com a alocação das carteiras aos mercados acionistas em máximos de janeiro de 2018.

 

O peso dos ativos comparados a dinheiro recuou para mínimos de abril de 2015, enquanto as expectativas sobre o crescimento económico dispararam para máximos de 20 anos. Os investidores estão a dar preferência a ativos mais voláteis, como empresas de baixa capitalização, bancos e ações de mercados emergentes, afastando-se das obrigações e empresas de bens essenciais.

 

 

O inquérito do BofA confirma o modo de euforia nos mercados desde que Joe Biden foi declarado vencedor das eleições dos EUA e a Pfizer e a BioNTech anunciaram resultados promissores da sua vacina, o que gerou um apetite por ações em todo o mundo. Mas com o S&P500 a atingir máximos históricos, os gestores de fundos enfrentam um momento em que têm de avaliar se vale a pena realizar mais-valias, ou então continuar a investir para alcançar retornos ainda mais elevados.

 

O Bank of America acredita que o movimento de rotação de carteiras deve prosseguir no quarto trimestre, com os investidores a apostarem nas ações mais castigadas desde o início da pandemia em troca pelas que mais subiram nesse período. Mas "pensamos que estamos perto de um ‘full bull’", ou ‘bull market’ esgotado, pelo que o BofA está a recomendar "’vender na vacina’ nas próximas semanas ou meses".

 

Com a recomendação "sell the vaccine", o banco de investimento está assim a aconselhar os clientes a aproveitarem as notícias positivas relacionadas com as vacinas para venderem ações nos próximos tempos, uma vez que com níveis de otimismo tão elevados, vai "ter início um processo de cobertura" de risco.    

 

A alocação de ações às carteiras dos fundos de investimento subiu em novembro para 46%, o que de acordo com o BofA é um sinal "extremamente bullish". Nos hedge funds o peso das ações nas carteiras é também muito elevado (41%).

 

Entre os 190 gestores de fundos inquiridos pelo BofA, 91% espera que a economia norte-americana esteja mais forte nos próximos 12 meses e 66% acredita que a economia global está na fase inicial de um ciclo pós-recessão. Desde 2002 que o otimismo com a evolução da economia não era tão elevado.

 

A segunda vaga de covid-19 é percecionada como o maior risco para os mercados, mas os gestores de fundos acreditam que no início do próximo ano seja anunciada uma vacina credível no combate à covid-19.

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