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Aposte no risco e confie na retoma em 2021, diz o Morgan Stanley

"Esta recuperação global é sustentável, sincronizada e apoiada por políticas, seguindo grande parte do manual pós-recessão ‘normal’", escreveram os analistas do Morgan Stanley.

Reuters
16 de Novembro de 2020 às 19:16
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Analistas do Morgan Stanley disseram que a expectativa de uma recuperação económica em "formato de V", uma maior clareza sobre vacinas contra a Covid-19 e o contínuo apoio de políticas oferecem um ambiente favorável para as ações e o crédito no próximo ano.

 

Num relatório sobre as perspetivas para 2021, estrategos como Andrew Sheets recomendaram uma posição ‘overweight’ em ações e títulos de dívida de empresas em detrimento de dinheiro e dívida pública, além da venda de dólares. A volatilidade deve cair, e investidores precisam ser "pacientes" nos mercados de matérias-primas, disseram os analistas.

 

"Esta recuperação global é sustentável, sincronizada e apoiada por políticas, seguindo grande parte do manual pós-recessão ‘normal’", escreveram. "Confie na recuperação."

 

O Morgan Stanley estima que o índice norte-americano S&P500 chegue ao final de 2021 nos 3.900 pontos, o que implica uma valorização de 8% face aos atuais níveis.

 

Os especialistas do Morgan Stanley defendem que o "stock picking" (escolha selecionada de ações) vai ser determinante para separar os investidores vitoriosos dos que vão ter um desempenho abaixo do mercado em 2021. A preferência deverá recair nas cotadas que consigam entregar um crescimento sustentado dos resultados e cuja tendência não esteja ainda refletida no preço das ações, defendem.

 

O banco de investimento norte-americano estima que a taxa das obrigações dos EUA a 10 anos estará em 1,45% no final de 2011 e que o índice do dólar vai depreciar 4% até meados do próximo ano. A recuperação económica vai baixar o preço médio da onça de ouro em 2021 para 1.825 dólares.

 

 

 

O índice de ações globais MSCI All Coutry negociou perto de níveis recorde esta segunda-feira, dado o otimismo de que a distribuição esperada de vacinas e os estímulos orçamentais adicionais dos EUA irão impulsionar a economia mundial. Ainda assim, os mais céticos argumentam que a perspetiva de curto prazo é desafiante, já que os países recorrem a restrições para combater o ressurgimento de casos de coronavírus e os membros do Congresso norte-americano ainda discutem sobre a dimensão da despesa com as medidas de alívio nos EUA.

 

O Morgan Stanley faz coro com o JPMorgan Chase e Goldman Sachs ao traçar uma perspetiva positiva para as ações. Marko Kolanovic, estratego do JPMorgan, disse que os resultados das eleições nos EUA criam um argumento de ganhos para os mercados, enquanto David Kostin, do Goldman Sachs, espera que a sociedade volte gradualmente ao normal em 2021.

 

A equipa do Morgan Stanley não espera um caminho fácil para o crescimento e destacou que permanecem desafios significativos. Os riscos incluem uma onda de Covid-19 pior do que o esperado no inverno do hemisfério norte e um retorno à austeridade no longo prazo, de acordo com o relatório.

 

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