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O princípio do fim da crise financeira

Uma semana depois das primeiras medidas concertadas dos países europeus, começa a ganhar força o sentimento de que a fase mais aguda da crise financeira poderá ter já ficado para trás. O furacão que varreu o sistema financeiro perdeu intensidade, mas outro ganha forma na frente económica, com a ameaça de uma recessão global.

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Uma semana depois das primeiras medidas concertadas dos países europeus, começa a ganhar força o sentimento de que a fase mais aguda da crise financeira poderá ter já ficado para trás. O furacão que varreu o sistema financeiro perdeu intensidade, mas outro ganha forma na frente económica, com a ameaça de uma recessão global.

A fase é agora de concretização das medidas aprovadas. O ING foi o mais recente banco europeu a receber sangue novo do Estado para "revitalizar" o seu capital, com o governo holandês a injectar ontem dez mil milhões de euros. As acções subiram 29%, contribuindo para o sentimento positivo das bolsas europeias, que terminaram a sessão com valorizações de 3%.

"A intervenção do governo holandês no ING é boa, mostra o compromisso dos governos em pôr dinheiro no sistema e intervir quando é necessário", afirma ao Negócios, Ruben Garcia, responsável pela distribuição dos fundos da americana Threadneedle na Península Ibérica e América Latina.

No espaço de um mês, os Estados europeus já injectaram mais de 138,7 mil milhões de euros. O Reino Unido foi, até ontem, o país responsável pelo maior volume de capital injectado na banca privada. Ainda assim, a maior intervenção foi desencadeada pelo governo alemão, no "salvamento" do Hypo Real Estate, no valor de 35 mil milhões de euros.

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