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Número de devedores do crédito recua em 2013
O número de devedores no crédito à habitação e crédito ao consumo diminuiu ligeiramente em 2013. Ainda assim, os empréstimos com prestações em atraso aumentaram no mesmo período.
O número de devedores particulares no crédito diminuiu ligeiramente no final do ano passado, para 4,4 milhões, sendo que o crédito ao consumo detém a maior percentagem de endividados. Apesar da descida no número total de devedores, o crédito vencido aumentou em 2013.
Havia 4.445.274 clientes com crédito à habitação e crédito ao consumo com o estatuto de devedores no final do ano passado, um valor 1,2% abaixo do número registado no período homólogo, avança o Banco de Portugal, no seu relatório de actividade do mediador do crédito de 2013.
De acordo com o mesmo documento, é no crédito ao consumo onde se verifica a maior parcela de devedores, com 16,6% de endividados, enquanto o crédito para comprar casa conta com 6,2% de clientes com dívidas.
“No entanto, o crédito vencido evidenciou um aumento de 3% (cerca de 0,2 mil milhões de euros), correspondendo, no final de 2013, a 4,4% do total do crédito concedido”, adianta o relatório do regulador bancário português, adiantando ainda que “a proporção do crédito vencido no crédito total continuou a ser mais elevada no segmento do crédito ao consumo e outros fins, tendo mesmo sido observado um agravamento deste indicador”.
Malparado a subir, crédito a descer
O crédito malparado total agravou-se 3%, para 6,1 mil milhões de euros. No final do ano passado, “o crédito ao consumo e outros fins vencido atingia cerca de 3,3 mil milhões de euros, tendo passado a representar 13,1% do total do crédito concedido no segmento, contra 11,8% em 2012”.
O crédito à habitação, que representa o grosso dos empréstimos concedidos a particulares em Portugal (80%), também observou um aumento do malparado. O crédito com prestações em atraso subiu 4,8% em 2013, para 2,8 mil milhões de euros. “O peso do crédito vencido no crédito total, neste segmento, registou um agravamento de 2,3% para 2,5%”, detalha o documento.
Por outro lado, a concessão de crédito diminuiu no ano passado, quer nos empréstimos destinados à compra de casa, quer no crédito ao consumo. No total, o crédito concedido caiu 4,5%, para 138,3 mil milhões de euros, uma evolução que reflecte a quebra do financiamento bancário à economia nos últimos anos.