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Mota-Engil dispara 20% na melhor sessão desde OPA

Construtora não registava uma valorização tão elevada desde que a Mota & Companhia lançou uma OPA sobre a Engil em 1999. Acções chegaram a máximos de cinco meses depois de terem sido anunciadas encomendas no valor de 900 milhões de euros. O volume foi quase 13 vezes superior à média. Foi assim a sessão bolsista da Mota-Engil depois do "dia histórico".

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As acções da Mota-Engil dispararam hoje mais de 20% depois do anúncio da adjudicação à construtora de cinco obras em Angola e uma no Malawi, num valor total de 900 milhões de euros.

Os títulos encerraram o dia a ganhar 20,12% para 1,248 euros, um preço por acção que não era registado desde 5 de Setembro de 2011. Depois dessa data, a empresa caiu a um mínimo desde 2001, ao descer para os 0,985 euros. O ganho em 2012 está agora em 20,58%.

Com a valorização de hoje, a capitalização bolsista da empresa liderada por Jorge Coelho (na foto) subiu para 255 milhões de euros.

No dia de hoje, a empresa chegou a ganhar 24,45%, tendo aí tocado nos 1,293 euros. Uma subida desta amplitude não era registada desde 26 de Julho de 1999, a primeira sessão após o anúncio da OPA da Mota & Companhia sobre a Engil. Na altura, os títulos chegaram a subir mais de 38%.

A tendência compradora também conduziu a uma sessão positiva no que diz respeito ao volume. No dia, foram negociadas 1.836.268 acções da Mota-Engil, o que é quase 13 vezes superior à média diária nos últimos seis meses (142.434 títulos).

BESI e BPI falam em impacto "muito positivo"

O valor dos projectos encomendados, no seu total, faz com que a carteira actual da Mota-Engil em África se passe a cifrar em 1,6 mil milhões de euros. Ou seja, as novas obras mais do que duplicam o volume de negócios do grupo naquele continente.

Em declarações ao Negócios, Jorge Coelho sublinhou que as adjudicações, ontem comunicadas, se traduzem num "ciclo novo de sustentabilidade do grupo" e representam "um dia histórico".

O BESI, em reacção a esta notícia, diz que as adjudicações têm um “impacto muito positivo” na Mota-Engil, uma vez que representam aproximadamente 30% da carteira de encomendas da unidade de construção reportada em Setembro e metade das novas encomendas que o banco estimava para a construtora este ano. Além disso, diminui a dependência do mercado português para a Mota-Engil, assinala a unidade de research.

O BPI também classifica a notícia de “muito positiva” para a Mota-Engil, uma vez que permite reduzir a dependência do “difícil” mercado doméstico.

Seis obras que construíram "um dia histórico"

145 quilómetros de linha férrea no Malawi
A construção de uma linha férrea de 145 quilómetros no Malawi é a obra de maior dimensão, estando orçada em 540 milhões. Foi adjudicada pela companhia mineira Vale do Rio Doce e vai servir para escoar o carvão produzido em Moatize, Moçambique.

Barragem do Calueque para o ministério da energia
A Mota-Engil vai construir a barragem do Calueque, província do Cunene, Angola. A obra está avaliada em 126 milhões de euros e foi encomendada pelo Ministério da Energia e Águas.

Postos para a Sonangol
Projecto de expansão dos postos de abastecimentos da Sonangol, em Angola. Adjudicação feita por
82 milhões de euros.

Imobiliário em Luanda
Construção do projecto imobiliário IMOLAP, em Luanda, obra de 76 milhões de euros.

Cidade Financeira
Construção para a Finicapital, da Cidade Financeira, em Luanda. Uma adjudicação de 45 milhões de euros.

Aldeia Solar
Construção de projectos da Aldeia Solar, em Angola. Uma encomenda da Sonagol Holdings no valor de 20 milhões de euros.


(Actualiza notícia pela terceira vez com as cotações de fecho)
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