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Mota Engil dispara 17% após ganhar obras em África

Construtora viveu ontem um dia "histórico", de acordo com o CEO António Mota. Hoje as acções reflectem as encomendas no valor de 900 milhões de euros, que permitem à companhia reduzir a dependência de Portugal. Número de acções trocadas na sessão supera em cinco vezes a média diária.

03 de Fevereiro de 2012 às 14:30
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As acções da Mota Engil estão a reagir em forte alta ao anúncio de que foram adjudicadas à construtora cinco obras em Angola e uma no Malawi, no valor total de 900 milhões de euros.

Os títulos valorizam 17,13% para 1,217 euros e a capitalização bolsista da cotada liderada por Jorge Coelho sobe para 243 milhões de euros. A cotada já esteve a ganhar 18%, quando chegou ao valor mais elevado desde 7 de Setembro de 2011.

Já foram negociadas 717.131 acções da construtora, cinco vezes acima da média diária nos últimos seis meses (142.434 títulos).

O valor dos projectos encomendados, no seu total, faz com que a carteira actual da Mota-Engil em África se passe a cifrar em 1,6 mil milhões de euros. Ou seja, as novas obras mais do que duplicam o volume de negócios do grupo naquele continente.

Em declarações ao Negócios, Jorge Coelho sublinhou que as adjudicações, ontem comunicadas, se traduzem num "ciclo novo de sustentabilidade do grupo" e representam "um dia histórico".

O BESI, em reacção a esta notícia, diz que as adjudicações têm um “impacto muito positivo” na Mota-Engil, uma vez que representam aproximadamente 30% da carteira de encomendas da unidade de construção reportada em Setembro e metade das novas encomendas que o banco estimava para a construtora este ano. Além disso, diminui a dependência do mercado português para a Mota-Engil, assinala a unidade de research.

O BPI também classifica a notícia de “muito positiva” para a Mota-Engil, uma vez que permite reduzir a dependência do “difícil” mercado doméstico.

Seis obras que construíram "um dia histórico"

145 quilómetros de linha férrea no Malawi
A construção de uma linha férrea de 145 quilómetros no Malawi é a obra de maior dimensão, estando orçada em 540 milhões. Foi adjudicada pela companhia mineira Vale do Rio Doce e vai servir para escoar o carvão produzido em Moatize, Moçambique.

Barragem do Calueque para o ministério da energia
A Mota-Engil vai construir a barragem do Calueque, província do Cunene, Angola. A obra está avaliada em 126 milhões de euros e foi encomendada pelo Ministério da Energia e Águas.

Postos para a Sonangol
Projecto de expansão dos postos de abastecimentos da Sonangol, em Angola. Adjudicação feita por
82 milhões de euros.

Imobiliário em Luanda
Construção do projecto imobiliário IMOLAP, em Luanda, obra de 76 milhões de euros.

Cidade Financeira
Construção para a Finicapital, da Cidade Financeira, em Luanda. Uma adjudicação de 45 milhões de euros.

Aldeia Solar
Construção de projectos da Aldeia Solar, em Angola. Uma encomenda da Sonagol Holdings no valor de 20 milhões de euros.


(Actualiza notícia pela segunda vez com novas cotações às 14h28)

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