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Morgan Stanley está mais pessimista para as ações e prefere Europa

Ao contrário do que aconteceu no passado, na próxima correção dos mercados acionistas as bolsas europeias devem ter um melhor desempenho, diz o Morgan Stanley.

08 de Julho de 2019 às 16:44
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O Morgan Stanley reduziu a recomendação atribuída aos mercados acionistas para "underweight" (ponderação inferior a outros ativos), considerando que as perspetivas para os próximos três meses são "particularmente fracas".

 

O banco de investimento recomenda agora que o peso das ações numa carteira de ativos seja 5% inferior ao que é habitual ("benchmark"), o que representa a ponderação mais reduzida em cinco anos.  

 


O Morgan Stanley justifica este pessimismo para os mercados acionistas com a visão que as estimativas de resultados estão demasiado otimistas e as expectativas sobre os estímulos dos bancos centrais muito altos. O que deixa pouco espaço para valorização das já elevadas cotações das ações.

 

"Vemos um mercado demasiado otimista sobre o que estão a sugerir as ‘yields’ muito baixas – uma deterioração das perspetivas de crescimento", referem os analistas do Morgan Stanley, acrescentando que a "deterioração contínua dos PMI globais sugerem um ambiente macro-económico com muitos riscos descendentes".

 

Bolsas europeias com melhor desempenho

 

No que diz respeito à alocação geográfica, o Morgan Stanley prefere o Japão e a Europa, em detrimento dos Estados Unidos e outras economias desenvolvidas.

 

O passado mostra que nos últimos 30 anos as ações europeias registam desvalorizações mais acentuadas quando o mercado está em queda, mas o Morgan Stanley acredita que numa futura correção este padrão pode não se repetir.

 

Porquê? A Europa não parece tão mal como outras regiões no que diz respeito aos dados económicos e perspetivas de resultados. Além disso, a expectativa de que o Banco Central Europeu reinicie o programa de compra de ativos pode dar um impulso adicional às ações europeias, argumenta o Morgan Stanley.

 

"Embora não esperemos que as ações europeias valorizem em termos absolutos quando as ações globais estiverem em queda, pensamos que existem várias razões para a Europa ter um desempenho superior, apesar de ter um mercado mais fraco", refere o Morgan Stanley.

 

Neste contexto, o Morgan Stanley está a recomendar aos clientes que comprem ações europeias com maior exposição doméstica, bem como cotadas dos mercados periféricos, como Espanha e Itália, que devem beneficiar com a redução do spread das obrigações.

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